sábado, 30 de julho de 2011

Qual a relação entre desempenho sexual, obesidade e alimentação?





Escrito por Angelita Grebin Ewald

No nosso dia a dia, as pessoas querem ter um melhor desempenho em tudo, inclusive nos relacionamentos sexuais, porém quase ninguém fala muito sobre isso, não é mesmo? Mas como praticamente todo mundo (sexualmente ativo, eu digo) passa por isso de uma forma satisfatória ou não, escolhi este tema porque eu acredito ser de suma importância na vida das pessoas. Vida sexualativa e satisfatória também faz parte da saúde e qualidade de vida.

Problemas como, por exemplo: dificuldades de ereção, frigidez, ejaculação precoce, de vontade ou libido são questões que a maioria das pessoas não comenta nem com os melhores amigos.

Abordaremos este assunto do ponto de vista nutricional e também emocional, uma vez que este aspecto está inevitavelmente envolvido em tudo na nossa vida.

Como já é sabido, e muito se tem comentado atualmente, quem não segue uma alimentação saudável e equilibrada acaba sendo vítima de uma série de problemas de saúde. A saúde sexual é um dos primeiros sinais, embora as pessoas nem o percebam.

De acordo com estudos na área da psicologia, uma pessoa que se sente gorda demais tem mais chances de se deprimir. Mas há também pesquisas mostrando que indivíduos que se alimentam bem, fazem exercícios regularmente e se sentem bem com seu corpo tendem a ter maior autoestima.

Estudos realizados por duas revistas, Journal of American Medical Association (JAMA) e Obesity, confirmam o que já se tem afirmado com muita frequência nos meios de comunicação, que a alimentação equilibrada pode mudar para melhor várias coisas na sua vida, inclusive a atividade sexual.

O estudo do JAMA, que durou dois anos, foi realizado com 110 homens com idade entre 35 e 55 anos, que tinham em comum aobesidade (Índice de Massa Corpórea acima de 30) e dificuldades de ereção. Concluiu-se que aqueles que tinham perdido cerca de 10% do peso, com dieta adequada e exercícios físicos regulares, voltaram a ter um bom desempenho sexual. E o outro grupo, que recebia apenas informações sobre uma alimentação saudável, não teve redução significativa no peso, no total. E não houve mudanças no desempenho sexual.

No estudo da Obesity, participaram 500 pessoas (homens e mulheres), que foram submetidas a um programa intensivo para perda de peso e modificações do estilo de vida. Foram avaliadas nos quesitos apetite sexual, desempenho sexual, entre outros. A pesquisa mostrou que os maiores IMCs (Índices de Massa Corporal) estavam associados com uma diminuição da qualidade de vida sexual. Os maiores prejuízos relatados ficam por conta dos participantes do sexo feminino, em comparação com os homens. A perda de apetite e desempenho sexual, bem como a fuga dos encontros sexuais, foi associada ao excesso de peso dessas mulheres.

E com base nesses dados, acabamos caindo no mesmo ponto: alimentação saudável. Falemos então um pouco mais sobre alimentos.

Há milênios que relacionam determinados alimentos com o desejo sexual. Alimentos afrodisíacos e que fazem milagres no desempenho na cama ainda precisam de estudos, pois carecem de comprovação científica.

Alguns alimentos têm na sua composição elementos capazes de gerar benefícios que, aliados a uma alimentação saudável e à prática de exercícios regulares, podem levar a uma melhora na capacidade sexual.

São eles:

AMENDOIM

Proteico, energético e tem vitamina B3, que proporciona a vasodilatação, facilitando a irrigação de sangue nos órgãos genitais (idem para todos os outros órgãos).

OSTRA

Rica em zinco, que induz a produção de hormônios ligados ao sexo, facilitando a secreção vaginal (não mexe com o desejo, é hormonal).

CHOCOLATE

Cacau é rico em l-arginina (aminoácido), que produz óxido nítrico, que tem efeito vasodilatador. Por aumentar os níveis de serotonina, melhora o humor e provoca sensação de prazer.

GENGIBRE

Estimula o sistema circulatório e ajuda a prolongar a função erétil.

PIMENTA

Contém capsaicina, que aumenta a frequência cardíaca e a circulação sanguínea, além de ter efeito estimulante na circulação dos órgãos genitais.

GERGELIM

Fonte de magnésio e ácidos graxos que regulam as prostaglandinas, necessárias para produzir hormônios sexuais.

CENOURA E CAMARÃO

A literatura médica já associa algumas substâncias aos hormônios sexuais. A cenoura é rica em betacaroteno, precursor da vitamina A, essencial para a produção dos hormônios sexuais. Já o camarão é rico em zinco, substância eficaz na liberação desses hormônios.

OVO DE CODORNA - MITO

É um mito, pois é um alimento riquíssimo em proteínas e possui grande quantidade de vitamina B1 e B2, ferro, manganês, cobre, fósforo e cálcio, mas não possui nenhuma substância que potencialize o apetite sexual.

Lembremos, pois, que a palavra afrodisíaca tem origem grega – aphrodisiakos –, que faz referência à deusa do amor, Afrodite.

O sexo é uma prática que só traz bons sentimentos e energias para homens e mulheres. Concluímos que é preciso haver um equilíbrio entre corpo, mente e alma. Quem tem uma alimentação saudável se sente melhor, quem se sente melhor tem mais disposição para fazer exercícios, quem se exercita se relaciona melhor com seu corpo, quem tem a mente povoada por bons pensamentos, por sua vez, se relaciona melhor com sua alma, e com isso se sente mais disposto para fazer projetos, planos e desejar uma vida melhor.

O resultado disso tudo é uma vida mais saudável, tanto no trabalho, como na família, como na cama. E se você está mais saudável e feliz, também terá uma atividade sexual mais intensa e prazerosa.

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