segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A importância de um plano de saúde


 

Muitas pessoas não vêem a importância que um plano de saúde tem. Mas quando chega a hora em que precisam de atendimento médico lamentam muito por não terem um. Um plano de saúde garante ao associado um atendimento de maior qualidade na hora em que ele precisa, não precisando esperar meses por uma consulta ou para realizar um exame.

Infelizmente, devido ao ainda precário atendimento da saúde pública de nosso país, muitas pessoas morrem na fila de espera do atendimento em hospitais. Morrem sem mesmo terem tido a oportunidade de saber o que tinham e sem o direito de um tratamento digno. Um plano de saúde garante atendimento mais rápido por se ter mais opções para escolher o local para atendimento.

O plano de saúde também garante tranqüilidade na hora de se fazer tratamentos. Tratamentos médicos custam caro e nem sempre estamos preparados para arcar com os mesmo na hora da emergência. O plano de saúde por sua vez tem o dever de arcar com as despesas necessárias, desde que cumprida as carências contratuais do mesmo. Desta forma, na hora em que você precisar, poderá ficar tranqüilo, sem ter que se preocupar se terá dinheiro continuar a cuidar de sua saúde ou da saúde de sua família.

Quer entender qual a importância de um plano de saúde? Pense em quanto vale a sua vida e a vida de sua família, aí entenderá a importância de um bom plano de saúde.


 


 
 
 
 
 

EMPRESAS RECONHECEM IMPORTÂNCIA DOS PLANOS ODONTOLÓGICOS

Por:

Por: Adriana Gomes

Benefício ganha status e já é o terceiro mais procurado pelo RH das empresas, que passaram a considerá-lo tão importante e básico quanto o convênio médico tradicional

Garantir um sorriso saudável é a principal função da Odontologia, e os empresários que atuam no ramo de convênios odontológicos têm razões de sobra para rir à toa. O benefício já é o terceiro mais procurado pela área de Recursos Humanos das empresas, junto com o convênio médico tradicional, ficando atrás, apenas, dos mais essenciais: auxílios transporte e alimentação. Para se ter uma idéia do salto que esse dado representa, basta saber que os estudos das empresas especializadas em oferecer esse serviço apontam que, há apenas dois anos, o plano odontológico ocupava o 10º lugar nesse ranking.
A principal razão para essa tomada de consciência é a relação custo versus benefício, que resulta numa condição excelente para as empresas.
Primeiro pela garantia da saúde bucal do funcionário, que pode evitar uma série de faltas ao trabalho, segundo, pelo baixo custo de manutenção dos planos.
"O valor médio de um plano por empregado empata com o da lâmina do ticket-alimentação", calcula Reynaldo Dannecker Cunha.


A maioria das empresas do ramo comercializa os planos somente para pessoas jurídicas, e no formato de convênio odontológico (existem também os seguros), com regulamentação e fiscalização pela ANS. Mas existem empresas que vendem planos diretamente para pessoas físicas, muito embora tal modalidade de vendas represente uma fatia mínima no faturamento dessas empresas, já que, por tradição, trata-se de um benefício oferecido pelas companhias aos funcionários, e não um serviço que as pessoas costumem adquirir espontaneamente. Os seguros odontológicos, mais incomuns, são oferecidos pelas empresas que operam com os chamados seguros-saúde, como um benefício integrado, e com regulamentação pela Susep (Superintendência de Seguros Privados).

Diferencial

A explosão da contratação do benefício na área de Odontologia por parte das empresas também se deve ao fato de os executivos terem notado que se trata de um diferencial interessante do ponto de vista do funcionário, e que também contribui para melhorar a imagem da empresa de forma geral. "Se a empresa oferece um bom leque de benefícios, consegue reter mais talentos", garante Claudio Aboud, diretor administrativo-financeiro do Inpao (Instituto de Previdência Odontológica, outra empresa do ramo que atende apenas pessoas jurídicas e cuja carteira de clientes alcança cerca de 210 mil vidas, que é a soma dos funcionários das empresas que contratam o benefício.


domingo, 23 de janeiro de 2011

Assistir TV pode causar problemas cardíacos.


 

É incrível a quantidade de estudos em que associam uma atividade à probabilidade de vir a ter uma doença. O estudo abaixo diz que quem assiste mais de duas horas por dia de TV tem mais chances de desenvolver doenças cardíacas e de morrer de qualquer causa. Se isso for verdade a população toda terá a vida encurtada, pois é quase impossível assistir menos de duas horas por dia de televisão.


 

Se o problema é ficar parado, pois o estudo diz que ficar assistindo TV é que faz mal e não a alguma influência da própria TV, teremos problemas por ler, pois temos que ficar parado quando lemos nosso jornal, revista e livros. E nós blogueiros estamos em sério risco, pois além das leituras obrigatórias ficamos horas no computador. A notícia foi publicada no caderno Vida do jornal Zero Hora.


 

Pessoas que passam mais de duas horas por dia assistindo à TV ou sentadas de frente para uma tela de computador têm duas vezes mais chances de desenvolver doenças cardíacas e correm mais riscos de morrer, alertou um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology. Segundo os cientistas, o efeito foi o mesmo independentemente de quanto as pessoas se exercitaram, demonstrando que a forma como escolhemos passar nosso tempo livre fora do trabalho tem grande impacto na saúde.


 

– É tudo uma questão de hábito. Muitos aprendem a chegar em casa, ligar a TV e passar várias horas em frente ao aparelho. É conveniente e fácil. Mas fazer isso faz mal ao coração e à saúde em geral – disse Emmanuel Stamatakis, especialista em epidemiologia e saúde pública da University College de Londres, defendendo a adoção de diretrizes de saúde pública para alertar sobre os riscos de se permanecer inativo fora do trabalho.


 

O estudo destacou ainda que a maior parte dos adultos em idade produtiva passa longos períodos inativa enquanto viaja em meios de transporte ou mal sentados em uma mesa de escritório. Os pesquisadores estudaram 4.512 adultos que participaram da Pesquisa Escocesa sobre Saúde Domiciliar.


 

Quando os cientistas compararam os dados das pessoas que disseram ter gasto menos de duas horas por dia de seu lazer em frente a uma tela de computador ou de TV àquelas que passaram quatro ou mais horas por dia, eles descobriram um risco 48% maior de morte de qualquer causa. Entre aqueles que passaram duas ou mais horas por dia diante de monitores depois do trabalho, eles também descobriram um risco 125% maior de que venham a sofrer problemas cardiovasculares, como o ataque cardíaco. Essas associações foram independentes dos tradicionais fatores de risco, como tabagismo, hipertensão, índice de massa corporal, classe social e prática de exercícios.


 

Os riscos da otite no verão.


 

A incidência de otite externa, infecção que atinge o canal externo do órgão auditivo, mais que dobra na época de verão, devido a procura maior por banhos de piscina e mar, e torna-se a queixa com maior aumento dentro dos consultórios médicos otorrinolaringológicos. Segundo o otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia, Marcelo Hueb, o contato excessivo com água e a umidade são as principais causas das infecções durante o verão, além é claro dos hábitos assumidos pela população durante os meses mais quentes.


 

Este ano, a Campanha Nacional da Saúde Auditiva alerta a população sobre cuidados essenciais com o ouvido e sobre a importância de se procurar um especialista aos primeiros sintomas. Quando o ambiente está úmido e quente, o contato constante com a água pode modificar o revestimento do canal auditivo externo, retirando a proteção do local, o que pode ocasionar descamação e coceira. Esse incômodo provoca a necessidade do paciente secar o ouvido constantemente, causando escoriações que facilitam a entrada de bactérias e fungos.


 

Segundo Hueb o lema de "não molhar, não coçar e procurar um médico" é a melhor maneira de prevenir este problema.


 

— De uma maneira geral, em relação às otites externas, prevenir é sempre melhor do que remediar, principalmente em recém-nascidos, idosos ou pacientes debilitados — explica ele.


 

A otite externa afeta adultos e crianças e deve ser diferenciada da otite média aguda, que apresenta uma incidência muito maior nos meses de inverno e em crianças até os seis anos de idade. Entre os principais sintomas da otite externa estão dor, coceira, secreção e diminuição da audição.


 

Cuide da sua saúde auditiva:


 

1. Seque bem os ouvidos após nadar, mergulhar ou após o banho. Use apenas uma toalha de papel ou mesmo papel higiênico na ponta do dedo indicador.

2. Evite nadar e mergulhar em águas poluídas.

3. Nunca introduza cotonetes, grampos ou outros objetos no canal externo do ouvido.

4. Nadadores com otite externa recorrente não devem se esquecer dos protetores auriculares e de secar bem os ouvidos após o contato com água.

5. Nunca pingue nada no ouvido além dos remédios recomendados pelo seu médico.

6. Procure sempre um médico quando sentir dor de ouvido. Outras doenças podem estar associadas a esta dor ou mesmo à otite externa e somente o médico poderá orientá-lo adequadamente.


 

Fonte: Caderno Donna do jornal Zero Hora.



 

Reposição hormonal


 

A reposição hormonal nas mulheres na menopausa sempre foi vista com restrições e era dito que somente em casos especiais podia ser recomendada. A notícia atual é de que a reposição hormonal faz bem às mulheres e ainda protege contra o câncer de mama. A notícia foi publicada no caderno Donna digital do jornal Zero Hora, onde você pode ler na íntegra para saber todos os detalhes.


 

Uma novidade na luta contra o câncer de mama foi apresentada em dezembro, na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa sobre o Câncer (AACR). Surpreendentemente, o hormônio estrogênio, conhecido na literatura médica por ser um fator de risco carcinogênico, pode proteger as mulheres contra o tumor maligno. Embora a forma endógena do hormônio, ou seja, aquela produzida pelos ovários, tenha ligação com o aparecimento do câncer, quando ingerido durante a terapia de reposição hormonal, diminui os riscos da neoplasia.


 

— Nossa análise sugere que, ao contrário do que se imaginava, há um valor substancial em utilizar o estrogênio na terapia de reposição hormonal. Os dados mostram que, para determinadas mulheres, ele não é apenas seguro, mas potencialmente benéfico contra o câncer de mama, assim como para outros aspectos da saúde feminina — disse o pesquisador Joseph Ragas, oncologista da Faculdade de Medicina da Universidade de British Columbia, no Canadá.


 

Ragas e outros pesquisadores reviram e analisaram dados de um estudo epidemiológico realizado entre mulheres que faziam testes de reposição hormonal. O objetivo desse estudo, o Women's Health Initiative (WHI), é prevenir doenças cardíacas, câncer de mama e colorretal e fraturas em mulheres na pós-menopausa. Ele foi lançado em 1991 e inclui dados de cerca de 161 mil mulheres entre 50 e 79 anos.



 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os afogamentos de verão

Todos os anos muitas pessoas perdem a vida nas águas tentando se divertirem. Eu estive alguns dias na praia e os noticiários anunciavam a grande quantidade de pessoas resgatadas pelos salva-vidas. No local onde estava pude ver vários salvamentos e alguns de grande risco onde até os salva-vidas precisaram de ajuda dos colegas para saírem da corrente marítima. O risco era tanto que os salva-vidas ficavam na água apitando quando uma pessoa se afastava muito e se aproximava da área de risco.


 

São muitas as razões para as pessoas se afogarem, no texto abaixo o escritor Moacyr Scliar credita as mortes e afogamentos à ingestão de álcool. Veja o que ele diz sobre esse preocupante assunto.

"Mato Grosso do Sul registra 60 mortes por afogamento este ano." "Aumentam mortes por afogamento em Londrina." "Cresceu o número de pessoas que morreram afogadas em rios, lagoas e cachoeiras em Minas." "Dezembro registra 21 mortes por afogamento em Curitiba e litoral ."


 

Essas manchetes, extraídas ao acaso do noticiário da internet, mostram a dramática importância do problema do afogamento no país. Notem que elas se referem só aos óbitos não evitados; muitos outros teriam ocorrido, não fosse a ação dos salva-vidas e das pessoas solidárias e corajosas. Em média, ocorrem 2 mil salvamentos no período de veraneio no litoral do RS. Mas isso poderia ser evitado com medidas simples e sensatas. E aí emerge uma recomendação: não entrar na água alcoolizado.


 

"O álcool me perturbou", diz uma letra de rock, gravado pelo grupo americano – olhem só a ironia do nome – Drowning Pool, Piscina que Afoga. O recado é mais que adequado no que se refere a piscinas, rios, lagoas, praias de mar. O abuso do álcool é responsável por mais da metade dos óbitos por afogamento ocorridos com adolescentes e adultos. Isso vale também para quem usa barcos ou ski aquático. A revisão da literatura médica em inglês mostra que de 30% a 70% das pessoas que se afogam estão alcoolizadas. O álcool pode aumentar em até 10 vezes o risco de morte por afogamento: perturba o raciocínio, torna as reações das pessoas mais lentas, induz o vômito (que, quando aspirado para o pulmão, é ultraperigoso).


 

Existe uma tradicional incompatibilidade entre álcool e água, como mostra a historinha do famoso bêbado que, com o fígado destruído, começou a ficar inchado. O médico disse que o organismo dele estava com excesso de água, ao que o homem protestou: nunca bebera esse líquido maldito. Depois, pensando melhor, admitiu:


 

– Deve ser a água do gelo da bebida.


 

Claro, ninguém vai se tornar abstêmio na praia. Mas é bom lembrar os riscos causados pelo excesso de bebida. "Se beber, não dirija", diz o sábio conselho. A ele se pode acrescentar outro similar: se beber, não se meta a nadador. Pode terminar mal.


 



 

Mente estressada pode adoecer o corpo.

Na vida diária estamos constantemente expostos a situações estressantes que podem causar modificações emocionais. Não é raro pessoas sob muita pressão perceberem manifestações físicas involuntárias, como dor de barriga, calor, travamento dos dentes, insônia, síndrome do pânico, impotência sexual, dentre outras.  O acúmulo de responsabilidades, problemas e preocupação em excesso pode adoecer o ser humano. 


 

Segundo o psiquiatra do Hospital Daher, Ricardo Brasil, a dor é uma comunicação da mente com o organismo. "Quando a pessoa vive em constante estresse, pode sentir reflexos no corpo, numa tentativa do cérebro de desviar-se dos problemas. Psiquicamente, pode ser interpretado como um pedido de socorro". De acordo com o médico, existem estudos que buscam comprovar a relação de doenças com o estresse.


 

"Uma mente estressada pode ser comparada a um corpo que corre incessantemente. Só que correr o tempo todo, desgasta o físico, da mesma maneira que o estresse desgasta a mente". O estresse interfere na saúde física e pode até agravar doenças pré-existentes. Segundo o doutor Ricardo, o estresse é uma doença antiga e há séculos é responsável por mascarar doenças. "Independente do tipo da doença, o estresse tem o poder de agravar o diagnóstico e dificultar o tratamento", disse o médico. 


 

Cada indivíduo interpreta os problemas e pressões cotidianas de forma diferente. A personalidade é um fator determinante para superar as dificuldades ou fazê-las crescer. De acordo com Dr. Brasil, pessoas otimistas recuperam-se de doenças bem mais rápido, e melhor, em comparação às pessimistas. "O otimista adoece menos e responde melhor ao tratamento. Já para o pessimista, o problema dele é sempre pior e a dor é maior. Ele não sabe viver completamente são. É como se ele se sentisse mais seguro doente", argumenta.


 

O estressado não consegue desfrutar as coisas boas da vida, como esporte, namoro, e viagens, pois está sempre ocupado com coisas "mais importantes". Existem tratamentos farmacológicos para o estresse, mas o tratamento adequado consiste na busca do equilíbrio em todas as áreas. "Não podemos trabalhar demais e deixar de lado momentos de lazer. Devemos procurar o bem estar espiritual, mental e físico. Esse é o caminho para uma vida saudável", afirma o médico.



 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sem Riscos Sob o Sol

O verão exige cuidados durante a prática de atividade física. Se a temperatura corporal subir demais pode haver encrenca: cãibra, fraqueza, tontura e desmaio. Fazendo a coisa certa, nada disso acontece

por Priscila Boccia | colaboradores Bianca Grassetti / Rogério Maroja

Pingar de suor significa que o corpo luta para manter seus 37 graus Celsius de praxe. A molhadeira nada mais é do que uma estratégia do organismo para resfriar a pele e, assim, impedir que a temperatura vá às alturas. É por isso que durante o exercício, quando cerca de 75% da energia produzida com os movimentos se transforma em calor, a camisa tende a ficar encharcada. Depois de uma hora de atividade moderada sob o sol, chega-se a perder 1 litro e meio de água. Praticar exercícios quando o clima está quente exige mais do sistema de refrigeração corporal — o que pode ser perigoso. "O organismo passa a produzir cada vez mais suor. Isso diminui o volume do plasma sangüíneo, comprometendo não apenas o mecanismo de perda de calor, mas também o sistema cardiovascular e a própria capacidade de realizar exercícios", chama a atenção Luiz Oswaldo Rodrigues, fisiologista da Universidade Federal de Minas Gerais. Cãibra, fadiga, tontura e desmaio são sinais de que a temperatura do corpo está passando do ponto.

Ignorá-los é bastante arriscado. O organismo pode sofrer hipertermia — ir muito além dos 39° C e parar de funcionar. "Quanto menos condicionada a pessoa estiver, mais rápido os sintomas aparecerão", avisa Rodrigues. Por isso, se você não está acostumado a malhar, não invente de patinar no calçadão, correr na areia ou fazer trekking em pleno meio-dia sem antes se preparar. E, mesmo que seja fã antigo de exercícios, maneire no verão.

As estratégias para o calor e se exercitar numa boa

Para evitar problemas ao malhar no calor do verão, a primeira medida é diminuir o ritmo. "A intensidade e a duração da atividade física devem ser menores", aconselha o fisiologista Paulo Zogaib, do Centro de Medicina Preventiva e do Esporte do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Fuja, claro, dos horários mais quentes do dia, com sol a pino. Outro cuidado importantíssimo é a hidratação, que precisa ser feita antes, durante e depois do exercício. "O certo é beber água mesmo sem sentir sede", afirma Laíra Campêllo, especialista em Medicina do Esporte da Universidade Federal de São Paulo. Tenha como referência a orientação médica: tomar cerca de 300 mililitros de água (um copo grande) a cada 20 minutos de atividade física. Assim, você repõe o líquido e os sais minerais perdidos durante a transpiração. Daí é mais difícil sofrer cãibras, visão turva e mal-estar.

Quem preferir pode tomar bebidas isotônicas, mas sem achar que, por causa disso, estará mais protegido. "Só os atletas têm benefícios trocando a água por esses preparados", desmistifica Laíra. E, claro, nunca é demais avisar que a cerveja, tão querida pelos brasileiros no verão, não serve para reidratar o corpo. "A ação diurética da bebida faz com que a pessoa perca mais líquidos do que ingeriu, piorando o quadro", alerta Paulo Zogaib.

Quem pratica atividade física na piscina sofre menos desconforto, desde que não entre na água aquecida — um risco e tanto. "Em poucos minutos a pessoa pode ter hipertermia, pois a troca de calor com a água é quatro vezes mais rápida do que com o ar", avisa Cláudia Forjaz, professora de fisiologia da Universidade de São Paulo. Já procurar espaços ventilados para se exercitar ajuda — e muito. "O contato com o ar mais frio resfria a pele", explica a fisiologista. Um parque cheio de árvores, com vento e sombra de sobra, é o cenário perfeito para mexer o corpo na época mais quente do ano.

Com que roupa?
Tirar a camisa para malhar não alivia o calor. "A radiação do sol direto na pele esquenta ainda mais", destaca Cláudia Forjaz. Não é à toa que jogar vôlei na praia apenas de sunga ou biquíni cansa um bocado. Para se proteger, o ideal é usar roupas claras — elas refletem os raios solares — e leves. Se o calor for muito intenso, vale molhar com água uma camiseta de algodão. Outra opção é vestir um daqueles tecidos hi-tech com mecanismos que facilitam a transpiração. "Alguns têm furinhos em formato de cone que auxiliam na evaporação do suor", conta Zogaib.


Além dos limites de segurança
O que pode acontecer se você não tomar cuidado ao se exercitar no calor

• Cãibras
A perda de sais minerais na transpiração perturba o chamado equilíbrio eletrolítico, que garante o bom funcionamento dos músculos. Daí surgem os espasmos, mais freqüentes no abdômen e na panturrilha (batata da perna).

• Síncope
Na falta de bons goles de água ou suco para reforçar a hidratação, o volume de sangue diminui. A pressão arterial cai, gerando fraqueza generalizada, tontura, palidez e desmaio.

• Exaustão
Se o volume sangüíneo cai demais, o sistema cardiovascular não consegue garantir o fluxo de sangue para todo o corpo e entra em pane. As células em geral ficam desidratadas, o que provoca descoordenação, vertigem, dor de cabeça, náuseas e vômito.

• Choque térmico
Se a desidratação é intensa, o suor diminui e a pele fica seca e quente. A temperatura ultrapassa os 39° C e danifica os mecanismos termorreguladores. Há risco de morte.

Primeiros socorros
O que fazer para brecar o processo de hipertermia

• Remova a pessoa para a sombra ou para um local com ar refrigerado;

• Retire as roupas e resfrie o corpo dela com ventilador ou compressas de água gelada, começando pela cabeça;

• Se a pessoa estiver lúcida, force-a a ingerir água, soro caseiro ou suco de frutas;

• Mantenha os pés elevados acima da cabeça;

• Não use antitérmicos;

• Monitore a temperatura. Se estiver acima dos 39° C, é hora de correr para o hospital.

Problemas são maiores em lugares úmidos

O ideal é deixar o organismo se acostumar ao ambiente antes de começar a se exercitar. Além da temperatura, o corpo precisa se acostumar à umidade relativa do ar, que varia de cidade para cidade. "Ambientes muito úmidos dificultam a evaporação do suor", esclarece o fisiologista Luiz Oswaldo Rodrigues, da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultado: mesmo com o rosto molhado, a pessoa não consegue abaixar a temperatura corporal. Em locais muito secos, também há riscos, pois a perda de água é extremamente rápida. Daí a importância da aclimatação — deixar o corpo se acostumar com essas variáveis antes de partir para a ação. "Durante viagens, é bom esperar uns três dias para retomar a rotina de exercícios", indica Rodrigues. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Pará é o estado mais quente e úmido do país. O campeão da secura é o Ceará. Apesar do calor, o Rio de Janeiro costuma ter umidade na medida certa.

Os mecanismos para esfriar o corpo
Entenda como o organismo reage diante do calorão

• Suor
O hipotálamo, região do sistema nervoso, estimula as glândulas sudoríparas a retirar água e sais minerais do plasma sangüíneo para jogá-los na pele através dos poros. Ao entrar em contato com a pele quente, o suor se evapora, o que ajuda a dissipar o calor. Por isso, se você enxugar o suor, impedindo que haja a evaporação, vai continuar esquentando.

• Vasodilatação
Há sensores de temperatura por toda a pele. Eles avisam ao cérebro que o corpo está aquecido. Ao receber essa mensagem, o hipotálamo aumenta o fluxo sangüíneo nas regiões superficiais do corpo para que o sangue se resfrie — é por isso que o rosto fica avermelhado. Daí, mais fresco, o sangue circula pelo organismo ajudando a abaixar sua temperatura.