sábado, 30 de julho de 2011

Qual a relação entre desempenho sexual, obesidade e alimentação?





Escrito por Angelita Grebin Ewald

No nosso dia a dia, as pessoas querem ter um melhor desempenho em tudo, inclusive nos relacionamentos sexuais, porém quase ninguém fala muito sobre isso, não é mesmo? Mas como praticamente todo mundo (sexualmente ativo, eu digo) passa por isso de uma forma satisfatória ou não, escolhi este tema porque eu acredito ser de suma importância na vida das pessoas. Vida sexualativa e satisfatória também faz parte da saúde e qualidade de vida.

Problemas como, por exemplo: dificuldades de ereção, frigidez, ejaculação precoce, de vontade ou libido são questões que a maioria das pessoas não comenta nem com os melhores amigos.

Abordaremos este assunto do ponto de vista nutricional e também emocional, uma vez que este aspecto está inevitavelmente envolvido em tudo na nossa vida.

Como já é sabido, e muito se tem comentado atualmente, quem não segue uma alimentação saudável e equilibrada acaba sendo vítima de uma série de problemas de saúde. A saúde sexual é um dos primeiros sinais, embora as pessoas nem o percebam.

De acordo com estudos na área da psicologia, uma pessoa que se sente gorda demais tem mais chances de se deprimir. Mas há também pesquisas mostrando que indivíduos que se alimentam bem, fazem exercícios regularmente e se sentem bem com seu corpo tendem a ter maior autoestima.

Estudos realizados por duas revistas, Journal of American Medical Association (JAMA) e Obesity, confirmam o que já se tem afirmado com muita frequência nos meios de comunicação, que a alimentação equilibrada pode mudar para melhor várias coisas na sua vida, inclusive a atividade sexual.

O estudo do JAMA, que durou dois anos, foi realizado com 110 homens com idade entre 35 e 55 anos, que tinham em comum aobesidade (Índice de Massa Corpórea acima de 30) e dificuldades de ereção. Concluiu-se que aqueles que tinham perdido cerca de 10% do peso, com dieta adequada e exercícios físicos regulares, voltaram a ter um bom desempenho sexual. E o outro grupo, que recebia apenas informações sobre uma alimentação saudável, não teve redução significativa no peso, no total. E não houve mudanças no desempenho sexual.

No estudo da Obesity, participaram 500 pessoas (homens e mulheres), que foram submetidas a um programa intensivo para perda de peso e modificações do estilo de vida. Foram avaliadas nos quesitos apetite sexual, desempenho sexual, entre outros. A pesquisa mostrou que os maiores IMCs (Índices de Massa Corporal) estavam associados com uma diminuição da qualidade de vida sexual. Os maiores prejuízos relatados ficam por conta dos participantes do sexo feminino, em comparação com os homens. A perda de apetite e desempenho sexual, bem como a fuga dos encontros sexuais, foi associada ao excesso de peso dessas mulheres.

E com base nesses dados, acabamos caindo no mesmo ponto: alimentação saudável. Falemos então um pouco mais sobre alimentos.

Há milênios que relacionam determinados alimentos com o desejo sexual. Alimentos afrodisíacos e que fazem milagres no desempenho na cama ainda precisam de estudos, pois carecem de comprovação científica.

Alguns alimentos têm na sua composição elementos capazes de gerar benefícios que, aliados a uma alimentação saudável e à prática de exercícios regulares, podem levar a uma melhora na capacidade sexual.

São eles:

AMENDOIM

Proteico, energético e tem vitamina B3, que proporciona a vasodilatação, facilitando a irrigação de sangue nos órgãos genitais (idem para todos os outros órgãos).

OSTRA

Rica em zinco, que induz a produção de hormônios ligados ao sexo, facilitando a secreção vaginal (não mexe com o desejo, é hormonal).

CHOCOLATE

Cacau é rico em l-arginina (aminoácido), que produz óxido nítrico, que tem efeito vasodilatador. Por aumentar os níveis de serotonina, melhora o humor e provoca sensação de prazer.

GENGIBRE

Estimula o sistema circulatório e ajuda a prolongar a função erétil.

PIMENTA

Contém capsaicina, que aumenta a frequência cardíaca e a circulação sanguínea, além de ter efeito estimulante na circulação dos órgãos genitais.

GERGELIM

Fonte de magnésio e ácidos graxos que regulam as prostaglandinas, necessárias para produzir hormônios sexuais.

CENOURA E CAMARÃO

A literatura médica já associa algumas substâncias aos hormônios sexuais. A cenoura é rica em betacaroteno, precursor da vitamina A, essencial para a produção dos hormônios sexuais. Já o camarão é rico em zinco, substância eficaz na liberação desses hormônios.

OVO DE CODORNA - MITO

É um mito, pois é um alimento riquíssimo em proteínas e possui grande quantidade de vitamina B1 e B2, ferro, manganês, cobre, fósforo e cálcio, mas não possui nenhuma substância que potencialize o apetite sexual.

Lembremos, pois, que a palavra afrodisíaca tem origem grega – aphrodisiakos –, que faz referência à deusa do amor, Afrodite.

O sexo é uma prática que só traz bons sentimentos e energias para homens e mulheres. Concluímos que é preciso haver um equilíbrio entre corpo, mente e alma. Quem tem uma alimentação saudável se sente melhor, quem se sente melhor tem mais disposição para fazer exercícios, quem se exercita se relaciona melhor com seu corpo, quem tem a mente povoada por bons pensamentos, por sua vez, se relaciona melhor com sua alma, e com isso se sente mais disposto para fazer projetos, planos e desejar uma vida melhor.

O resultado disso tudo é uma vida mais saudável, tanto no trabalho, como na família, como na cama. E se você está mais saudável e feliz, também terá uma atividade sexual mais intensa e prazerosa.

Pisada desequilibrada traz malefícios à saúde



Se você sente dores na coluna, nos quadris ou nos joelhos, saiba que a causa pode estar na maneira como você pisa.

O especialista em medicina esportiva e fisiologia do exercício, Dr. Benjamin Apter, explica que observar o desgaste da sola do calçado é uma maneira simples de avaliar se tem algo errado com a forma como andamos.

A sua pisada pode ser:

Neutra – a pisada se inicia no lado externo do calcanhar e com uma rotação moderada termina no centro da planta do pé.

Pronada – se inicia no lado externo do pé, mas com uma rotação acentuada termina no dedão. A sola se desgasta mais na parte interna.

Supinada – se inicia no lado externo do calcanhar, mantém o contato com o solo nesta região e termina no dedinho do pé. O solado costuma se desgastar mais rapidamente na parte externa.

A pisada ideal é a neutra, que apresenta pontos de contato com o solo equilibrado. Já as pisadas que forçam mais o lado externo do pé ou o lado interno, a supinada e a pronada, podem resultar em dores nos quadris, joelhos e costas.

Como ajustá-la

Para corrigir os desequilíbrios da forma como pisa, é preciso procurar ajuda profissional, como algum especialista em medicina esportiva ou ortopedia. Os profissionais destas áreas poderão indicar o tratamento mais adequado para cada caso e fazer os encaminhamentos necessários, segundo Dr. Apter.

Não há razão para desespero, pois, conforme o especialista, hoje em dia é possível fabricar palmilhas que se adequam exatamente aos pés e corrigem o problema. “Testes dinâmicos, realizados com o auxílio de uma plataforma eletrônica, registram a impressão plantar dos pés e, a partir dos resultados, é confeccionada uma palmilha personalizada”, esclarece Dr. Benjamin Apter.

Esta tecnologia mostra-se mais eficaz do que os testes estáticos, que foram a base da fabricação de palmilhas durante muitos anos. O médico acrescenta que: “A avaliação dinâmica consegue identificar os pontos de maior contato durante a pisada. Inclusive, é possível notar diferenças entre o pé esquerdo e o direto e, assim, fabricar palmilhas que corrijam os desequilíbrios de cada lado corpo”.

Além das palmilhas, pode-se pensar em uma “reeducação do andar”, mas somente quando o problema acontece por algum desequilíbrio de força ou pisada – porque se for estrutural não há como reeducar a marcha. Nesse caso, se resolve com uso da palmilha adequada.

Pilates pode ser um grande parceiro para combater a depressão



Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena

A depressão ou transtorno depressivo é uma doença que se caracteriza pela profunda alteração do organismo e da mente do indivíduo. Essa condição traz entre outros efeitos, a sensação contínua de falta de vitalidade, angústia, sensação de vazio, falta de confiança em si próprio, pessimismo e desanimo. Trata-se de uma doença complicado, de difícil diagnóstico e que, em casos mais graves, pode trazer tendências ao suicídio.

Para combater e prevenir a doença, além de acompanhamento médico, exercícios físicos podem ajudar, e muito. Uma opção muito eficaz é o pilates, que vem sendo indicado por muitos médicos. Além de ser uma atividade voltada para a necessidade de cada pessoa, como todo exercício físico, libera endorfina para o cérebro. Esta substância proporciona uma sensação de paz, prazer e tranquilidade. De modo geral, para pessoas com esse transtorno, o pilates costuma ser muito eficiente e animador, pois o método conecta o corpo com a mente, já que dois de seus princípios básicos são a concentração e a respiração.

A frequência recomendada é de 2 a 3 vezes por semana e os resultados dependem de cada um. O aluno que tiver mais regularidade nas aulas e com acompanhamento médico adequado poderá perceber melhor e mais rapidamente os resultados do pilates. A atividade, em uma fase inicial, é de baixa dificuldade, justamente para o aluno adquirir essa consciência. Após algumas semanas, os exercícios vão se tornando mais desafiadores.

É um método mais tranquilo que conecta a mente e o corpo, melhora a saúde em geral, reduz a ansiedade, diminui o stress, além de otimizar a concentração, a respiração e o relaxamento. Após 3 ou 4 semanas de treino, a pessoa já se sente mais autoconfiante, apresentando, inclusive, alterações estéticas em alguns casos. Além disso, o praticante acaba percebendo a melhora na qualidade do sono, do apetite, a sensação de leveza e eliminação de dores por má postura.

Saúde bucal exerce grande influência na fertilidade feminina



Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena

Muitas mulheres que tentam engravidar e não conseguem, mesmo com um bom acompanhamento médico, acabam não identificando as causas para a dificuldade. Os motivos para a demora de algumas delas a conseguirem ter um bebê são vários e não são totalmente delimitados pela comunidade científica.

Entretanto, um estudo recente e pioneiro conseguiu identificar um fator importante entre as mulheres que demoram mais tempo a engravidar: a saúde da gengiva. A pesquisa, realizada na Universidade do Oeste da Austrália e apresentada em uma conferência sobre fertilidade na Suécia, apontou que problemas de saúde bucal podem afetar a fertilidade feminina.

Segundo os resultados da pesquisa, que contou com a participação de mais de 3,5 mil mulheres, a higiene bucal precária é tão ruim para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, atrasando em média dois meses a gravidez. Eles afirmaram que entre as mulheres analisadas no estudo, as que estavam com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber. Já as que possuíam uma boa saúde bucal conseguiram engravidar num prazo de cinco meses.

Os pesquisadores acreditam que a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por inflamação na gengiva. Quando não tratada adequadamente, pode desencadear uma série de reações capaz de prejudicar o funcionamento normal do corpo.
A doença já foi associada à doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens.

Os pesquisadores que apresentaram o estudo aconselharam as mulheres que estão tentando ter um filho a passarem antes no dentista, além de parar de fumar, beber, manter um peso saudável e tomar suplementos de ácido fólico.

Pés: os problemas mais comuns



Escrito por Dr. Adriano Almeida

Verruga Plantar

O que é a verruga plantar, mais conhecida como olho de peixe?

São infecções virais, planas, decorrentes da pressão do corpo, sendo pouco salientes.


Por que ela surge?

Ela surge a partir do contato direto do vírus com a pele e desenvolvimento da doença.


Quais são os sintomas e como é sua aparência?

Seu aspecto é de uma área anfractuosa envolta por um anel hiperceratótico. Cursa muitas vezes com dor à deambulação. Esta verruga plantar profunda também é denominada mirmécia.

Quais são os tratamentos? Como eles funcionam?

Todos os tratamentos indicados para eliminação das verrugas plantares são cáusticos e tendem a cauterizar a lesão, pode ser através de ácidos ou crioterapia, gelo. Está proscrito, ou seja, não está indicado, fazer eletrocoagulação, “queimar” verrugas plantares.

Como aliviar a dor da verruga plantar?

O tratamento com desbastamento da verruga é a melhor forma de aliviar a dor. O uso de analgésicos e anti-inflamatórios também pode ajudar.

Quais são os cuidados para se evitar a verruga plantar?

Evitar contato com o vírus. Nem sempre isso é possível, pois está no ambiente e muitas vezes em outros locais do corpo do indivíduo.

Calo

O que é um calo?

O calo é uma área de hiperceratose, ou seja, espessamento da pele, ocasionada pela pressão exercida em determinado ponto.

Qual sua aparência?

São lesões pouco elevadas, amareladas, endurecidas, planas e inelásticas, localizadas em pontos de apoio, ou áreas de proeminências.

Por que ele surge?

Ele surge por trauma mecânico intermitente, resultante de sapatos inadequados, sobrepeso e problemas ou deformidades ortopédicas. Trata-se de um mecanismo de defesa do organismo em resposta ao aumento de pressão sobre a pele.

Em que partes do corpo ele pode aparecer?

São mais comuns nos pés, porém podem aparecer em outras áreas, como nas mãos.

Calos causam dor?

Sim. Frequentemente têm sensibilidade atmosférica, tornando-se mais dolorosos a mudanças de temperatura e umidade.

Qual a diferença entre helomas, tilomas e hiperqueratoses?

Os helomas são calos, já os tilomas são endurecimento da pele em áreas de fricção. Assim como as calosidades, diferem dos calos por não terem um ponto central mais espesso. Geralmente são mais comuns nos pés em proeminências ósseas. As hiperceratoses tratam-se do espessamento da pele e podem acometer qualquer área.

Quais são os tratamentos? Como eles funcionam? É possível eliminar os calos sem deixar marcas e cicatrizes?

O primeiro cuidado para prevenir os calos é evitar as causas irritativas mecânicas que induzem sua formação, através do uso de calçados adequados e palmilhas, correção de deformidades ortopédicas com emprego de protetores. Os tratamentos consistem na esfoliação dos calos e vão desde tratamentos clínicos até cirúrgicos. Os tratamentos cirúrgicos podem deixar cicatrizes, porém nada inestéticas.

Quais são os cuidados para se evitar o calo?

Uso de calçados adequados, boa hidratação dos pés, correção do sobrepeso e problemas ou deformidades ortopédicas.

Pé de Atleta

O que é pé de atleta?

O pé de atleta é o nome vulgar das micoses interdigitais que acometem os pés.

Qual sua aparência?

A sua aparência geralmente é de uma maceração de coloração esbranquiçada localizada na maioria das vezes entre os dedos.

Por que ele surge?

O que contribui para o aparecimento é o aumento da umidade nos pés.

Quais são os sintomas?

Os sintomas vão desde mau cheiro, dor local, devido às fissuras que se formam, até infecções.

Como deve ser tratado?

O uso de antimicóticos tópicos na maioria das vezes é suficiente para tratar este tipo de micose.

Quais são os cuidados para se evitar o pé de atleta?

Para se evitar o pé de atleta é importante manter uma boa higiene dos pés, secar bem entre os dedos, trocar os sapatos em dias alternados e, ao aparecerem os primeiros sinais ou sintomas, procurar um dermatologista.

Unha encravada

O que é a unha encravada?

A onicocriptose ou unha encravada é uma afecção em que temos um mau acondicionamento da unha no leito ungueal.

Qual sua aparência?

Sua aparência pode ir desde um eritema, ou vermelhidão da cutícula, até o aparecimento de secreção purulenta, devido a infecção e formação de granuloma piogênico, que é uma tumoração na região da cutícula.

Por que ela surge?

As principais causas de onicocriptose são o uso de calçados inadequados, corte arredondado, em vez de reto, da lâmina ungueal e trauma da dobra lateral (pedicure, etc.). Pode ser também anatômica: convexidade exagerada da lâmina ungueal, formato anatômico do dedo.

Quais são os sintomas?

O principal sintoma é dor. Pode haver infecção com secreção purulenta local.

Como deve ser tratada?

Em caso de infecção se faz necessário o uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos, dependendo da gravidade. A exposição da unha e o desbridamento do leito ungueal muitas vezes evitam a cirurgia e, em casos extremos, realiza-se a cantoplastia ou matricectomia, que é a cirurgia reparadora nestes casos.

Uma outra opção é o uso de uma lâmina flexível que diminui a angulação da unha, evitando que esta volte a encravar. Essa técnica apresenta bons resultados em casos de unha encravada grau I, na hipercurvatura transversa da unha e em pacientes para os quais a cirurgia está contraindicada por processos vasculares periféricos, diabetes, etc.

Faz-se também aplicação de TCA 75%, com a finalidade de liberar os cantos das unhas e diminuir granulomas formados.

Quais são os cuidados para se evitar a unha encravada?

Os cuidados básicos são cortar a unha de forma adequada, sempre reta no sentido transversal, e nunca arredondada, e fazer uso de calçado adequado.

Paroníquia

O que é a paroníquia?

Paroníquia ou unheiro é a inflamação crônica da dobra ungueal posterior e compromete parte das dobras laterais. É uma doença predominante no sexo feminino, donas de casa, pelo fato de ficarem constantemente com as mãos úmidas.

Qual sua aparência?

Eritema, ou vermelhidão, e edema periungueal.

Por que ela surge?

Ela surge por inflamação, descolamento e posterior infecção da lâmina ungueal.

Quais são os sintomas?

Eritema, ou vermelhidão, e edema e dor localizada em região periungueal.

Como deve ser tratada?

O tratamento consiste no controle da umidade das mãos, podendo ser realizada a secagem das mãos com secador ou lâmpada incandescente. É recomendada a pesquisa de fungos e bactérias e, se forem encontrados, realizar tratamento com antifúngicos ou antibióticos.

Quais são os cuidados para se evitar a paroníquia?

É importante manter as mãos sempre secas, está proibida a retirada de cutículas e, no caso da doença ser por motivo ocupacional, é necessário o afastamento das atividades laborais.

Micose

O que é a micose?

Micose é a infecção causada por fungos.

Qual sua aparência?

Na maioria das vezes tem aspecto nacarado, esbranquiçado. Pode também ter coloração marrom, esverdeada ou enegrecida.

Por que ela surge?

Os fungos são micro-organismos que colonizam nossa pele e que a qualquer momento podem superar nosso mecanismo de defesa e promover uma “micose”.

Quais são os sintomas?

Os sintomas são eritema, descamação, odor, dor local e fissuras.

Como deve ser tratada?

O tratamento pode ser tópico, com uso de imidazólicos ou antifúngicos orais.

Dr. Adriano Almeida é dermatologista, especialista em medicina estética e professor da pós-graduação do curso de dermatologia da Fundação Pele Saudável.

Manter alimento fora da geladeira pode gerar contaminação



Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena

As sobras de uma refeição em casa geralmente vão para a geladeira, mas nem sempre de maneira adequada. Bactérias muito nocivas ao organismo podem se desenvolver no alimento, se não forem observadas condições muito cuidadosas de armazenamento. Entre os hábitos mais perigosos, manter o alimento em temperatura ambiente por horas até que se esfria e possa ser guardado na geladeira é o mais comum. O costume ajuda a evitar o consumo desnecessário de energia elétrica, mas se o tempo for de mais de duas horas, bactérias começam a se desenvolver e podem causar contaminações que atacam toda a família.

O maior perigo é quando os micro-organismos invasores são patogênicos, ou seja, não alteram o sabor nem o visual do prato. Eles se multiplicam a cada 20 minutos: por isso, o ideal é separar as sobras em vasilhas pequenas – que favorecem o congelamento integral do conteúdo – e colocá-las sempre na geladeira. Dessa forma, na hora de resfriar as porções e esquentá-las, tudo será aproveitado.

Se o alimento ainda estiver quente, guarde-o na geladeira com uma parte destampada – de preferência em recipiente de vidro – , e só tampe-o quando estiver resfriado. Isso porque as gotículas de água que surgem aumentam a umidade interna do pote e facilitam o crescimento de bactérias. E é importante deixar a embalagem fechada para evitar a contaminação cruzada entre produtos crus e cozidos.

Para especialistas, toda comida contém bactérias, e o que a deixa imprópria para o consumo é a quantidade e o tipo desses micróbios. Por isso, a manutenção da geladeira é importante, pois ela precisa estar bem vedada e gelar da forma correta. Também fique atento aos prazos de validade, que mudam depois que os produtos são abertos.

Autoridades da saúde também alertam que bactérias tóxicas que crescem em vidros ou enlatados podem provocar o botulismo, uma doença neurológica grave. Se uma pessoa abrir um vidro de palmito e ele estourar, é sinal de que contém a toxina botulínica. Latas deformadas ou estufadas também indicam a presença dessa substância.

Alimentos com sinais de mofo


Mesmo na geladeira, alguns alimentos ficam com partes mofadas, como doces, geleias, carnes, queijos, frutas e os comuns pontos verdes no pão. Infelizmente para os que detestam desperdiçar comida, não adianta retirar a parte onde o mofo está visível para aproveitar o resto, já que essa mancha representa apenas a ponta do iceberg. O mofo é formado por fungos que têm três partes: os fios da raiz, que penetram profundamente no alimento; um caule, visível acima do alimento, e os esporos, no final do caule. Como as raízes do fungo estão dentro do alimento é melhor evitar alimentos com qualquer sinal de mofo.

Alguns fungos podem causar fortes reações alérgicas, incluindo problemas respiratórios, em pessoas sensíveis. Em algumas variedades, as raízes produzem substâncias tóxicas chamadas micotoxinas, que pode deixar a pessoa muito doente.

Isso não tira o valor de alimentos produzidos especialmente a partir da produção do mofo. Ele produz, por exemplo, o queijo gorgonzola e foi através de um bolor comum no pão que a penicilina foi criada.

Hérnia de disco: o drama da coluna



Cerca de 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas durante a vida e, desses, 90% terão mais de um episódio, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). As causas são diversas, mas em grande parte ocorrem devido às alterações e desgastes dos discos intervertebrais, que permitem a flexibilidade da coluna e agem como amortecedores de impactos e lesões. Entre esses problemas está a hérnia de disco, que afeta 5,4 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para explicar melhor esse problema e como evitá-lo, o Idmed convidou o fisioterapeuta e professor Frederico Meirelles para discorrer sobre o assunto. Veja a seguir.

O que é a hérnia de disco?

A hérnia de disco é uma lesão da coluna vertebral na qual o núcleo do disco intervertebral migra para fora do seu lugar de origem. Na maioria dos casos, essa migração é posterior, o que comprime estruturas ricamente inervadas, gerando dor e outros problemas, chegando a ser incapacitante em estágios avançados.

Quais são as causas?

Existem duas grandes causas:

A primeira causa é o trauma agudo. Menos comum, porém, não menos importante. O disco hernia pela intensidade do trauma. Nesses casos traumáticos não é raro vir associado a fraturas, lesões ligamentares, musculares, entre outras. Ex.: acidentes de carro, quedas importantes, exercícios malfeitos com grandes cargas, etc.

A segunda causa, e a mais comum, é lesão discal degenerativa. É justamente quando há degeneração na cartilagem que separa o disco do corpo vertebral – este é o local responsável pela nutrição do disco intervertebral. O disco com dificuldade de nutrição é um prato cheio para desenvolver problemas. Normalmente vemos, na Ressonância Nuclear Magnética, a imagem de um disco desidratado, além – é claro – da herniação discal. A desidratação discal, por si só, já é um sinal de alerta, pois indica que o local está com dificuldade de hidratação. Possivelmente estão acontecendo sobrecargas que fazem com que o disco não tenha tempo para se hidratar normalmente. Aí está o início do problema. Existem evidências de que fatores genéticos também podem contribuir para a lesão discal, ou seja, algumas pessoas têm uma probabilidade maior em desenvolver a doença.

Quais são os sintomas?

Dor na coluna, dor irradiada para qualquer região (normalmente membros inferiores e superiores), dores de cabeça, tonturas, alterações esfincterianas (perda de controle para urinar e defecar), alterações na marcha, fraquezas musculares, parestesias (formigamento), redução ou abolição de reflexos, depressão, insônia, câimbras, etc.

Como é feito o diagnóstico?

Avaliação médica:

Inicialmente o médico deve avaliar para ver a possibilidade de tratamento conservador, ou seja, sem necessidade de cirurgia, além de fazer um diagnóstico diferencial para excluir outros tipos de patologias que possam estar gerando esses sintomas.

É realizada pelo médico uma detalhada anamnese (entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente), exame físico, exames complementares, testes ortopédicos, testes neurológicos, além do diagnóstico diferencial.

Avaliação fisioterapêutica:

Após verificar que é uma hérnia discal e que o tratamento conservador é possível, deve-se procurar um fisioterapeuta para conduzir um tratamento adequado.

É realizada pelo fisioterapeuta uma detalhada anamnese, exame físico, verificação de exames complementares, testes ortopédicos, testes neurológicos, diagnóstico diferencial, exame postural, relação hipomobilidades X hipermobilidades, discrepância de membros inferiores, testes musculares, testes provocativos, etc.

Quais são os danos que pode causar no organismo?

A hérnia discal, se não tratada, pode levar a danos irreversíveis, como paralisia de membros, alterações sensitivas, dificuldade ou perda da deambulação (ato de caminhar), alterações importantes dos esfíncteres, estenose medular, dores lacerantes, entre outros.

Há prevenção?

Sim, hoje em dia sabemos que o melhor tratamento é a prevenção. Ter hábitos de vida saudáveis, não fumar, dormir pelo menos 8 horas por dia, ter boa alimentação, realizar exercícios físicos com orientação de um profissional, procurar um fisioterapeuta para saber realizar corretamente as posturas diárias como levantar, sentar, deitar, segurar um peso, etc. E, é claro, ao primeiro sinal de dor nas costas, procurar um profissional para avaliar a situação. O corpo normalmente avisa, nós é que não percebemos.

Existe uma forma de tratamento?

Existe, sim. Hoje em dia, além da prevenção, a Osteopatia tem conseguido ótimos resultados na estabilização dos pacientes com hérnia discal. Fisioterapia, Terapia manual, Pilates, RPG, Estabilização Segmentar, Acupuntura, Quiropraxia, também ajudam. Porém em alguns casos a cirurgia é imprescindível. Pacientes sintomáticos devem procurar o tratamento rápido, antes que se torne um problema cirúrgico.

Que hábitos o portador desta doença deve ter para não ter a saúde prejudicada?

Chamamos de Higiene Postural. Devemos saber que simples movimentos incorretos, sendo realizados várias vezes ao dia, podem gerar microlesões. Muitas das vezes o paciente nos refere que sentiu uma fisgada quando foi abaixar para pegar algo no chão. Nesses casos, possivelmente, já existiam lesões no local e a ação de abaixar foi só o fator desencadeante da lesão. Devemos entender que o nosso corpo trabalha sempre na lei do menor esforço, que muitas das vezes pode ser maléfica para o organismo. Por exemplo: pessoas que trabalham sentadas o dia inteiro, o corpo tende a relaxar e sentamos de uma forma mais confortável. Essa forma pode ser lesiva a nossa coluna se permanecermos por muito tempo sentados. Devemos, então, procurar um fisioterapeuta para que nos oriente a postura adequada para cada situação.

Dr. Frederico Meirelles é pós-graduado em Traumato-Ortopedia e Osteopatia pela Escola de Osteopatia de Madrid. Atua como fisioterapeuta do Clube de Regatas Vasco da Gama - Departamento de Futebol Profissional e também é professor da Universidade Estácio de Sá.

Hepatites virais: falta de informação prejudica diagnóstico precoce



Escrito por Dr. Hamilton Bonilha

Aproximadamente 400 milhões de pessoas no mundo são portadoras do vírus da hepatite B (VHB) e cerca de 200 milhões estão infectadas pelo vírus da hepatite C (VHC). No Brasil, estima-se que de 2 a 3 milhões de habitantes possuem o vírus da hepatite C, sendo que menos de 5% deles sabem que são portadores e somente 10.000 em média são tratados por ano.

No dia 28 de julho é lembrado o Dia Mundial da Luta Contra Hepatites Virais. A data serve para reforçar e conscientizar a população sobre a importância da prevenção da hepatite, pois em alguns casos ela pode ser tratada e até evitada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que aproximadamente 600 milhões de indivíduos no mundo sejam portadores crônicos das hepatites B (causada pelo vírus VHB) e C (causada pelo vírus VHC). Esses tipos de hepatites são responsáveis por mais de 80% dos casos de câncer primário do fígado (carcinoma hepatocelular) em todo o mundo. No Brasil, as estimativas apontam para um número entre 2 e 3 milhões de pessoas portadoras do vírus VHC, da hepatite C. No entanto, apenas cerca de 5% dos infectados sabem que estão com o vírus. Em média, somente 10.000 casos são tratados por ano no País.

O que é a hepatite

A hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado, podendo se desenvolver de várias formas. Existem diversas formas de hepatite, sendo as mais conhecidas: A, B, C, D e E. Dessas, as hepatites B, C e D podem evoluir para a forma crônica da doença. Cerca de 90% dos casos de infecção pelo vírus VHB evoluem para cura e de 5% a 10% dos pacientes persistem como portadores crônicos. Em relação ao vírus VHC, cerca de 90% dos pacientes evoluem para a forma crônica da doença, sendo que 20% a 30% podem desenvolver cirrose hepática.

Da hepatite ao câncer de fígado

O vírus VHC é o principal fator de risco para o carcinoma hepatocelular, aumentando o risco em 17 vezes. As infecções crônicas pelo VHB e VHC são geralmente silenciosas e, quando o paciente começa a apresentar sintomas, na maioria dos casos, não se tem mais o que fazer, pois a doença já evoluiu para a fase de cirrose descompensada ou câncer hepático. Entre 70% e 100% dos casos de câncer hepático se desenvolvem em fígados com cirrose.

O carcinoma hepatocelular é a 5ª causa de câncer e a 3ª causa de morte por câncer no mundo, levando a 500 mil mortes por ano. Assim, as principais formas de prevenção para o câncer de fígado são evitar a infecção pelos vírus responsáveis pela hepatite, a vacinação e a detecção precoce das infecções por VHB e VHC. Portanto, a conscientização sobre a importância de detectar o maior número possível de portadores do VHB e VHC, seja por meio de exames detalhados ou através de campanhas de rastreamento de portadores, com a realização de testes rápidos para esses vírus, é fundamental para minimizar o impacto relacionado às hepatites.

Recomendações para evitar as complicações da hepatite:

• Se você possui um dos fatores de risco para hepatite, consulte seu médico;

• Peça para seu médico que inclua os exames de detecção para o vírus B (AgHBs e anti-HBc) e para o vírus C (anti-HVC) entre seus exames de rotina. A detecção precoce favorece o controle ou a cura da doença;

• Verifique se você tomou a vacina contra a hepatite B. A vacinação não previne apenas a hepatite, como também o câncer, já que a hepatite B é a principal causadora do câncer de fígado.

Opções de tratamento para o câncer de fígado

Quando a hepatite evolui para o câncer de fígado, existem algumas opções de tratamento. Quando o câncer ainda está restrito ao fígado, a cirurgia de retirada total ou parcial do órgão afetado é indicada. Mas, nos casos em que a doença já afeta outros órgãos (metástase), além de cirurgia, a administração de medicamentos é recomendada. A medicina evoluiu de forma significativa nesse sentido e o câncer de fígado ganhou a opção de tratamento com as terapias-alvo. Esses medicamentos “inteligentes” agem diretamente nas células doentes e não atingem as saudáveis, fazendo com que o paciente tenha menos efeitos adversos, mais qualidade de vida e até o dobro de sobrevida. Essas drogas retardam o crescimento do tumor e são mais bem toleradas pelos pacientes, além de poderem ser tomadas em casa, já que são medicamentos orais.

Dr. Hamilton Bonilha – CRM 51466 – é infectologista e ex-presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.

Excessos na atividade física podem desencadear artrose



Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena

Juntamente com a obesidade e o sedentarismo na população com menos de 30 anos, a musculação com muito peso, a corrida sem descanso, e a prática indiscriminada de esportes competitivos são as principais motivações para as idas aos consultórios de ortopedistas. Em muitos casos, o diagnóstico não é nada animador: problemas nos joelhos, quadris e tornozelos, as partes do corpo mais afetadas pela artrose.

O sintoma principal da doença é a dor e a limitação de movimentos. Quando a cartilagem fica muito gasta, o osso é prejudicado e, em estágio avançado, as consequências são irreversíveis.

Especialistas lamentam que casos de pacientes mais jovens com problemas são cada vez mais frequentes e, em alguns casos, artrose é rapidamente diagnosticada, doença antes mais associada à terceira idade.

Pessoas com sobrepeso têm mais tendência a desenvolver a doença. Entretanto, para quem está acima do peso, emagrecer é fundamental, mas não condição exclusiva para evitar a artrose. Quem conviveu durante muito tempo com a obesidade, tem a cartilagem prejudicada, situação que permanece após o emagrecimento. É preciso uma ajuda especializada e com treinos específicos para o fortalecimento das articulações.

Os magros já adeptos dos exercícios e da musculação passam por um processo natural de desgaste da cartilagem e o alongamento prévio antes das atividades também não é vacina totalmente protetora contra artrose, ruptura de ligamentos ou inflamações nos tendões.

Os especialistas orientam que o descanso da musculatura é essencial para evitar problemas. Outra dica é não colocar muito peso nos aparelhos, em especial se isso for feito por conta própria.

Os jovens que querem deixar distantes a artrose e o reumatismo – outro problema que não é típico só de idosos –, além de maneirar os exercícios, devem evitar artifícios perigosos como os anabolizantes ou suplementos sem indicação especializada. Estes produtos afetam diretamente o coração, sendo o ponto de partida de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Guia das costas sem dor



por theo ruprecht design laura salaberry

Da hora em que a gente acorda à que vai dormir, a coluna rala para manter o corpo ereto. Baseada em um novo manual, SAÚDE ensina como diminuir a carga de trabalho dessa estrutura e, assim, evitar uma aposentadoria precoce — dela e do seu bem-estar

O dia a dia das vértebras não é fácil: elas precisam sustentar o tronco e ainda se dobrar aos nossos desejos, por mais triviais que eles sejam. Para piorar, tamanha labuta geralmente é recompensada com falta de consideração — afinal, quantas pessoas se preocupam, nas suas próprias tarefas, em não forçar esse conjunto de ossos? E a união entre sobrecarga e descaso costuma ter apenas um desfecho: reclamação. "A quantidade de indivíduos com dor de coluna é enorme. Estamos falando da maior causa de falta ao trabalho do mundo inteiro", enfatiza o ortopedista Elcio Landim, da Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo.

Com o intuito de assegurar o direito à saúde da espinha dorsal, a Associação Brasileira de Reabilitação da Coluna elaborou um novo guia que visa corrigir posturas do nosso cotidiano, como sentar-se em frente ao computador e até escovar os dentes. "Pequenas mudanças, somadas, minimizam significativamente o risco de lombalgias e hérnias de disco", explica Helder Montenegro, fisioterapeuta e presidente da instituição.

"A adoção de posições corretas e a prática de atividade física são os dois fatores que mais protegem as costas", corrobora Júlio Cerca Serrão, coordenador do Laboratório de Biomecânica da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. A partir de agora, você verá como passar alguns momentos do dia sem maltratar a coluna.

80% das pessoas ao redor do globo já tiveram ou terão, ao longo da vida, ao menos um episódio de dor intensa na coluna

5,3 milhões de brasileiros sofrem com a hérnia de disco

13% das consultas médicas são decorrentes de incômodos na região lombar

O novo aliado da coluna
Um aparelho americano faz o próprio corpo aprender a preservar as costas de maneira eficaz

Seu nome, Stabilizer, já sugere o que ele faz. apesar de simples — trata-se de uma almofada especial colocada na região lombar durante a fisioterapia —, o equipamento ensina o corpo a contrair os músculos multífidos, localizados ao longo das vértebras. Treinada, essa musculatura é capaz de manter a espinha alinhada e de amortecer impactos. Só para citar um caso, pesquisadores australianos descobriram que quase todos os indivíduos com hérnia de disco tinham esses auxiliares da coluna atrofiados. "após algumas sessões, a pessoa não precisa mais do Stabilizer. ele passa a utilizar os multífidos em todas as situações do dia a dia, o que incrementa a proteção da área lombar", afirma o fisioterapeuta Helder montenegro.

Como funciona
Ele faz as costas aguentarem as exigências do cotidiano

Os multífidos são músculos profundos. para acioná-los, é preciso estimular uma cadeia muscular que começa pelo transverso do abdômen. Só que contrair o tal transverso não é fácil — e mais, cada um o ativa de um jeito diferente. O Stabilizer ajuda a detectar quando o músculo é exigido. a partir daí, basta repetir o movimento que deu certo até que ele seja automatizado.

Causa ou consequência?
Uma dor na coluna pode ser sinal ou fator de risco para uma série de chateações

Quando ela é um aviso

"Tumores de próstata, de pulmão ou de mama, ao entrarem em processo de metástase, podem acometer a coluna", diz o cirurgião oncológico Ademar Lopes, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Nesses casos, uma das primeiras manifestações pode ser dor ao longo das vértebras. Infecções no pâncreas, pedras nos rins e até endometriose também podem gerar incômodo nas costas.

Uma dor que causa dor "Quando há uma hérnia de disco, por exemplo, o paciente costuma se entortar todo só para aliviar a sensação desagradável", informa o ortopedista Moisés Cohen. Com o corpo desequilibrado, o menisco, cartilagem que reside no joelho, pode ser sobrecarregado e, aí, lesionar-se. Já o quadril fica mais exposto a inflamações como a bursite.