sábado, 30 de julho de 2011

Manter alimento fora da geladeira pode gerar contaminação



Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena

As sobras de uma refeição em casa geralmente vão para a geladeira, mas nem sempre de maneira adequada. Bactérias muito nocivas ao organismo podem se desenvolver no alimento, se não forem observadas condições muito cuidadosas de armazenamento. Entre os hábitos mais perigosos, manter o alimento em temperatura ambiente por horas até que se esfria e possa ser guardado na geladeira é o mais comum. O costume ajuda a evitar o consumo desnecessário de energia elétrica, mas se o tempo for de mais de duas horas, bactérias começam a se desenvolver e podem causar contaminações que atacam toda a família.

O maior perigo é quando os micro-organismos invasores são patogênicos, ou seja, não alteram o sabor nem o visual do prato. Eles se multiplicam a cada 20 minutos: por isso, o ideal é separar as sobras em vasilhas pequenas – que favorecem o congelamento integral do conteúdo – e colocá-las sempre na geladeira. Dessa forma, na hora de resfriar as porções e esquentá-las, tudo será aproveitado.

Se o alimento ainda estiver quente, guarde-o na geladeira com uma parte destampada – de preferência em recipiente de vidro – , e só tampe-o quando estiver resfriado. Isso porque as gotículas de água que surgem aumentam a umidade interna do pote e facilitam o crescimento de bactérias. E é importante deixar a embalagem fechada para evitar a contaminação cruzada entre produtos crus e cozidos.

Para especialistas, toda comida contém bactérias, e o que a deixa imprópria para o consumo é a quantidade e o tipo desses micróbios. Por isso, a manutenção da geladeira é importante, pois ela precisa estar bem vedada e gelar da forma correta. Também fique atento aos prazos de validade, que mudam depois que os produtos são abertos.

Autoridades da saúde também alertam que bactérias tóxicas que crescem em vidros ou enlatados podem provocar o botulismo, uma doença neurológica grave. Se uma pessoa abrir um vidro de palmito e ele estourar, é sinal de que contém a toxina botulínica. Latas deformadas ou estufadas também indicam a presença dessa substância.

Alimentos com sinais de mofo


Mesmo na geladeira, alguns alimentos ficam com partes mofadas, como doces, geleias, carnes, queijos, frutas e os comuns pontos verdes no pão. Infelizmente para os que detestam desperdiçar comida, não adianta retirar a parte onde o mofo está visível para aproveitar o resto, já que essa mancha representa apenas a ponta do iceberg. O mofo é formado por fungos que têm três partes: os fios da raiz, que penetram profundamente no alimento; um caule, visível acima do alimento, e os esporos, no final do caule. Como as raízes do fungo estão dentro do alimento é melhor evitar alimentos com qualquer sinal de mofo.

Alguns fungos podem causar fortes reações alérgicas, incluindo problemas respiratórios, em pessoas sensíveis. Em algumas variedades, as raízes produzem substâncias tóxicas chamadas micotoxinas, que pode deixar a pessoa muito doente.

Isso não tira o valor de alimentos produzidos especialmente a partir da produção do mofo. Ele produz, por exemplo, o queijo gorgonzola e foi através de um bolor comum no pão que a penicilina foi criada.

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