Se você sente dores na coluna, nos quadris ou nos joelhos, saiba que a causa pode estar na maneira como você pisa.
O especialista em medicina esportiva e fisiologia do exercício, Dr. Benjamin Apter, explica que observar o desgaste da sola do calçado é uma maneira simples de avaliar se tem algo errado com a forma como andamos.
A sua pisada pode ser:
Neutra – a pisada se inicia no lado externo do calcanhar e com uma rotação moderada termina no centro da planta do pé.
Pronada – se inicia no lado externo do pé, mas com uma rotação acentuada termina no dedão. A sola se desgasta mais na parte interna.
Supinada – se inicia no lado externo do calcanhar, mantém o contato com o solo nesta região e termina no dedinho do pé. O solado costuma se desgastar mais rapidamente na parte externa.
A pisada ideal é a neutra, que apresenta pontos de contato com o solo equilibrado. Já as pisadas que forçam mais o lado externo do pé ou o lado interno, a supinada e a pronada, podem resultar em dores nos quadris, joelhos e costas.
Como ajustá-la
Para corrigir os desequilíbrios da forma como pisa, é preciso procurar ajuda profissional, como algum especialista em medicina esportiva ou ortopedia. Os profissionais destas áreas poderão indicar o tratamento mais adequado para cada caso e fazer os encaminhamentos necessários, segundo Dr. Apter.
Não há razão para desespero, pois, conforme o especialista, hoje em dia é possível fabricar palmilhas que se adequam exatamente aos pés e corrigem o problema. “Testes dinâmicos, realizados com o auxílio de uma plataforma eletrônica, registram a impressão plantar dos pés e, a partir dos resultados, é confeccionada uma palmilha personalizada”, esclarece Dr. Benjamin Apter.
Esta tecnologia mostra-se mais eficaz do que os testes estáticos, que foram a base da fabricação de palmilhas durante muitos anos. O médico acrescenta que: “A avaliação dinâmica consegue identificar os pontos de maior contato durante a pisada. Inclusive, é possível notar diferenças entre o pé esquerdo e o direto e, assim, fabricar palmilhas que corrijam os desequilíbrios de cada lado corpo”.
Além das palmilhas, pode-se pensar em uma “reeducação do andar”, mas somente quando o problema acontece por algum desequilíbrio de força ou pisada – porque se for estrutural não há como reeducar a marcha. Nesse caso, se resolve com uso da palmilha adequada.
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