quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Anvisa alerta sobre efeitos colaterais de remédio para emagrecimento

Emagrecimento arriscado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária fez um alerta aos profissionais de saúde sobre o uso de sibutramina.

A substância, que está presente em medicamentos usados para auxiliar a perda de peso, deve passar por uma nova avaliação do órgão em fevereiro.

O órgão também deve promover debates sobre o tema. Um novo parecer técnico pode determinar medidas mais restritivas ao uso desses medicamentos. Enquanto isso, a Anvisa quer que farmacêuticos e médicos orientem a população quanto aos riscos e às reais necessidades de uso do medicamento.

Efeitos colaterais do emagrecedor

O alerta foi feito após a suspensão da venda da sibutramina na Europa, a partir de recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês).

Estudo feito por um comitê da agência mostrou que os efeitos colaterais do uso da substância, principalmente no desenvolvimento de doenças cardiovasculares pre-existentes, são maiores do que os benefícios prometidos pelos medicamentos.

Prescrição criteriosa

Em nota, o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Ricardo Meirelles, ressaltou que o estudo foi feito em pacientes já portadores de doença cardiovascular ou com histórico de problemas cardíacos. Segundo ele, "em condições normais, [esses pacientes] não seriam elegíveis para a prescrição da sibutramina.

Segundo Meirelles, não há evidências de que a "prescrição criteriosa" a pacientes sem contraindicações "ocasione aumento de eventos cardiovasculares". O médico lembrou também que os medicamentos, se necessários, devem agir como coadjuvantes de hábitos saudáveis.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Se comer fora de casa pode ser arriscado, preparar o próprio alimento também não garante isenção de contaminações.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo descobriu que 27% dos casos de intoxicação alimentar, registrados entre 1998 e 2008, foram gerados por ingestão de alimentos preparados em casa.

Nesse período, a Secretaria computou 76,8 mil casos de doenças transmitidas por água e alimentos (DTA). A grande maioria deles - 72,5 mil - são casos de diarreia aguda causada por bactéria, principalmente a Salmonella, responsável por 7 mil deles.

Intoxicação caseira

No entanto, de acordo com o órgão, o dado que mais chamou a atenção foi o alto número de intoxicações ocorridas nas residências, que superou as provocadas por alimentos ingeridos em estabelecimentos comerciais ligados à área de alimentação como restaurantes, bares e padarias, que respondem por 24% do total.

Creches, escolas, asilos e outros locais representaram 39% das intoxicações alimentares e em 10% dos casos não houve registros do local de contaminação.

Diarreia aguda

Entre os casos de diarreia aguda causada por Salmonella, segundo o estudo, 35% estão relacionados ao consumo de ovos crus ou mal cozidos e a alimentos preparados à base de ovos, principalmente maionese. Outros 16% foram causados por bolos e doces, 11% pelo consumo de tortas, salgados e lanches, e 9% pela ingestão de carnes e aves.

"O cuidado na hora de preparar alimentos é fundamental para evitar intoxicações, que além de diarreia, podem causar outros sintomas como vômito, cólicas, febre e, em alguns casos, distúrbios alérgicos, neurológicos e até morte", alerta Maria Bernadete de Paula Eduardo, diretora da Divisão de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos do Centro de Vigilância Epidemiológica.

Dicas para o preparo de alimentos

A Secretaria Estadual da Saúde divulgou também uma série de dicas para o preparo de alimentos em casa, como atenção especial aos utensílios de madeira, não utilizar a mesma faca em alimentos diferentes sem lavá-la antes. Veja a seguir todas as dicas:

  • Cozinhar, assar ou fritar muito bem as carnes bovinas, suínas, aves, peixes, ovos ou outros produtos de origem animal. O interior do alimento deve estar suficientemente aquecido e cozido para matar as bactérias ou outros microrganismos.
  • Separar os alimentos durante sua preparação. Separar aqueles que já foram lavados e desinfetados dos que ainda serão preparados. Não utilizar a mesma faca durante a preparação dos alimentos, e sempre higienizá-la com água e sabão antes de tocar cada alimento.
  • Não misturar os diferentes alimentos na pia enquanto os preparar e sempre higienizar as mãos, os utensílios e a superfície da pia, com água e sabão, a cada preparo de alimento.
  • Cuidado com os utensílios de madeira, como colheres de pau e tábuas de carne. Nos restaurantes, o uso desses materiais é proibido. Em casa, após a utilização, leve-os bem com água e sabão e deixe-os secar bem antes de guardá-los. Se apresentarem ranhuras, riscas ou trincas, despreze-os, pois a higienização se torna difícil.
  • Lavar sempre as mãos antes de preparar ou comer alimentos e toda vez que utilizar o banheiro ou chegar da rua. Pessoas que cuidam de crianças devem lavar bem as mãos depois de trocar fraldas de bebês e antes de preparar ou ingerir alimentos. Após brincar ou tratar de animais de estimação lave bem as mãos. Salmonellas podem ser transmitidas por bichinhos como iguanas, hamsters e outros.
  • Lave bem frutas e verduras com água potável tratada e depois as higienize com hipoclorito de sódio ou água sanitária (siga as instruções no rótulo ou bula do produto). Vinagre doméstico não mata os microrganismos, ajuda apenas a despregar sujeiras.
  • Não compre produtos de origem clandestina ou de quem você não tenha certeza de que está familiarizado com os procedimentos corretos, seja de criação de animais para consumo humano, seja na plantações/hortas ou no preparo/fabricação de alimentos. Muito cuidado com conservas de carnes e vegetais, de origem clandestina ou caseira, pois podem ter sido feitas sem higiene e conter a toxina que causa o botulismo (doença grave e fatal se não tratada a tempo), além de outras bactérias que causam diarreia.
  • Sempre aquecer ou reaquecer os alimentos antes de ingeri-los, mesmo que tenham anteriormente sido guardados na geladeira. Em padarias, rotisseries e outros estabelecimentos comerciais, não compre ou coma salgados ou tortas com recheios que estejam no balcão à temperatura ambiente. Esses produtos deverão estar no refrigerador e serem reaquecidos antes do consumo ou estarem em balcão térmico em temperatura acima de 60°C. Sobremesas e bolos com cremes ou recheios úmidos devem permanecer em balcões adequadamente refrigerados. Guloseimas doces ou salgadas preparadas no comércio devem também portar etiquetas que indiquem a data de validade.
  • Guardar sempre as sobras de alimentos dentro da geladeira. Não deixe os alimentos preparados (pratos cozidos, fritos ou assados ou saladas, sobremesas, etc.) em temperatura ambiente por mais que duas horas, pois os microrganismos e suas toxinas começam a se desenvolver.
  • Organize sua geladeira sem enchê-la demais, pois a quantidade excessiva de alimentos, bebidas, etc., impede a circulação de ar refrigerado. Alimentos perecíveis (leite, queijo, manteiga, iogurte, doces, etc.) devem ficar nas prateleiras superiores que são mais frias.
  • Não guarde os ovos na porta, pois o movimento constante de abrir/fechar a porta pode quebrá-los e assim contaminar outros alimentos. Guarde-os em uma forma de plástico de modo que fiquem separados de outros alimentos. Verduras, frutas e legumes podem ficar nas prateleiras ou gavetas de baixo.
  • Na porta da geladeira guarde alimentos industrializados como sucos em caixas tetrapak, frascos de mostarda, catchup, molhos, conservas em vidro, refrigerantes, pó de café, etc.
  • Use, de preferência, recipientes de vidro ou cerâmica/louça, tampados, para guardar sobras de alimentos ou então potes de plástico, desde que não estejam danificados ou com ranhuras que são de difícil higienização e de risco para crescimento de bactérias ou mofos.
  • Alimentos a serem congelados devem ficar no compartimento de cima (freezer ou congelador), embalados e organizados por tipo de produto, de forma a não contaminar outros alimentos tais como aqueles que serão servidos sem cocção prévia - por ex., sobremesas geladas. Higienize sempre seu refrigerador/freezer seguindo as instruções do fabricante.
  • Lavar sempre as latas e garrafas de refrigerante ou outras bebidas com água e sabão.
  • Recusar canudinhos sem embalagem, pois podem ter sido reaproveitados.
  • Prefira maionese e outros molhos em saches industrializados. Evite consumir esses produtos em bisnagas e frascos reutilizáveis deixados nas mesas de bares, restaurantes e lanchonetes, pois, em geral, ficam em temperatura ambiente e os conteúdos são repostos sem prévia higienização, fatores que favorecem a multiplicação das bactérias. Não coma saladas com maionese tipo "caseira" feita de ovos crus.
  • Observar sempre a higiene do lugar onde se vai comer fora. Evite comida de rua e principalmente os locais onde não haja refrigerador para armazenar os produtos perecíveis ou falte local com água para a devida higienização das mãos do manipulador/preparador de alimentos.

    Na praia, não coma salgadinhos, sanduíches, frutos do mar ou petiscos que estejam à temperatura ambiente. Ostras cruas e outros frutos do mar, em temperatura ambiente e sem higiene podem causar graves intoxicações. Prefira os restaurantes onde você possa comer pratos feitos na hora.

  • Nos self-services, veja se os pratos quentes estão em balcão térmico adequado que os mantenha bem quentes, e se as saladas e sobremesas estão em balcão devidamente refrigerado. Observe também se os balcões onde você se serve têm anteparos que evitem que o consumidor contamine a comida espirrando ou tossindo ou mesmo encostando punhos de suas blusas, camisas, aventais, que podem contaminar os alimentos preparados. Veja também se o restaurante dispõe de uma pia com sabão e toalhas de papel para que o consumidor lave as mãos antes de começar a se servir, ou sentar-se à mesa. Veja como estão as chapas dos fogões, as panelas, os azulejos das paredes, onde está o recipiente de lixo, a limpeza do chão. É importante visitar a cozinha dos restaurantes onde você vai fazer suas refeições. Notifique à Vigilância Sanitária de sua cidade os locais sem higiene e sem os cuidadosnecessários para comercialização ou preparação de alimentos seguros.
  • Se você estiver doente, evite preparar alimentos que serão consumidos por outras pessoas, pois pode haver contaminação do alimento e propagação para outras pessoas. Diarréias, Febre Tifóide, Hepatite A, e inclusive gripes e resfriados, podem ser veiculados para outras pessoas quando foram preparados por pessoas com essas doenças.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que de fato devemos temer em relação aos telefones celulares?


 


 

Mar de radiofrequências

A utilização dos telefones celulares cresceu exponencialmente ao longo dos últimos 10 anos, muito mais rapidamente do que aconteceu com a televisão e o com rádio na época do surgimento dessas tecnologias.

Por isso, é muito cedo para quantificar os riscos a longo prazo que os celulares impõem sobre a saúde humana.

Contudo, o crescente número de usuários e as antenas de retransmissão, proliferando mesmo nos cantos mais remotos do mundo, significam que estamos constantemente imersos em um mar de radiofrequências (RF).

Será que nossos corpos são capazes de suportar tal exposição? Até que nível? O efeito seria o mesmo para todas as pessoas?

Celular e tumores cerebrais

Pesquisadores do projeto Interphone, o maior estudo epidemiológico já realizado sobre a relação entre o câncer e os telefones celulares, estão divulgando seus primeiros resultados.

Embora a interpretação deste estudo ainda não permita tirar conclusões definitivas, ele sugere que o uso de telefones celulares pode causar a ocorrência de certos tumores cerebrais.

Os resultados iniciais do estudo, iniciado em 1999 pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) em 13 países industrializados, sugerem que as pessoas que usaram telefones celulares regularmente por 10 anos apresentam um maior risco de desenvolver determinados tumores.

O estudo analisou quatro tipos de tumores que afetam o cérebro ou as partes da cabeça ao redor das orelhas. Cada participante recebeu um questionário detalhado sobre o uso do telefone celular, seu perfil demográfico, se usa ou não outros sistemas de comunicação, se fuma e tudo sobre seu histórico médico pessoal e familiar.

No total, 2.765 pessoas com gliomas, 2.425 com meningiomas, 1.121 com neuroma acústico e 400 com câncer da glândula parótida foram entrevistadas utilizando um protocolo comum, juntamente com um grupo controle de 7.658 pessoas.

Uma interpretação prudente ...

Com relação aos gliomas, o câncer do cérebro com maior risco de mortalidade, o estudo Interphone afirma que "os dados dos países escandinavos e do Reino Unido identificaram um maior risco de desenvolver este tipo de tumor no lado da cabeça normalmente usado para telefonar."

Os resultados sugerem que a probabilidade de os usuários desenvolverem um glioma após 10 anos de uso contínuo do telefone celular é até 60% mais elevado nos países escandinavos, quase 100% maior na França e perto de 120% na Alemanha.

Para os meningiomas e neuromas acústicos, os resultados não são tão claros, embora perceba-se uma tendência semelhante. Para os tumores da glândula parótida, por outro lado, nenhum aumento no risco foi observado.

Mas futuras investigações, com períodos de latência maiores, serão necessárias para confirmar estes resultados.

Elisabeth Cardis, do Centro de Investigação em Epidemiologia Ambiental (CREAL) em Barcelona, na Espanha, coordenadora do Interphone, no entanto, minimiza a natureza alarmante destes primeiros resultados:

"Eles de fato indicam um possível aumento do risco entre os usuários a longo prazo, mas essa observação talvez seja artificial, devido a duas influências principais que podem invalidar as conclusões. Por um lado, os relatórios podem estar subestimados devido ao viés da seleção [dos voluntários], ou seja, quase 55% de taxa de não-resposta entre os usuários saudáveis. Por outro lado, pessoas com câncer pode ter superestimado seu próprio uso de telefones celulares. Isso é o que é conhecido como viés de memorização," diz ela.

Usuário regular

Um grande número de organizações que fazem campanhas para a adoção de normas mais rigorosas sobre o uso de telefones celulares acredita que a definição de "usuário regular" - utilizado no estudo Interphone para representar alguém usando um telefone celular pelo menos uma vez por semana por pelo menos seis meses - é muito amplo, podendo distorcer os resultados.

"Este é, contudo, um conceito muito claro adotado em todos os estudos", diz Elizabeth Cardis. "Quando as pessoas se encontram nesse perfil, um questionário detalhado é enviado para documentar suas histórias completas do uso do telefone celular. Nós fizemos análises pelo número de anos de utilização, número total de chamadas, o número de horas etc."

Interferências com o sistema imunológico

Os resultados finais do Interphone deverão ser publicados nos próximos meses. Até lá, os governos não podem (ou não querem) utilizar o estudo como uma base para a introdução ou a modificação de suas legislações.

Entretanto, outros estudos apontam na mesma direção, como uma tese de doutoramento defendida na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, em junho de 2008, perante um júri internacional de especialistas.

Dirk Adang, orientado por André Vander Vorst, mediu o impacto das ondas eletromagnéticas em quatro grupos de ratos. Roedores de três destes grupos foram submetidos ao longo de um período de 18 meses, o equivalente a 70% de suas vidas, a diferentes níveis de exposição eletromagnética, sempre em conformidade com as normas internacionais vigentes. O grupo controle não foi exposto.

Efeitos da radiação sobre o sistema imunológico

O estudo chegou a duas conclusões principais.

A primeira diz respeito ao efeito da exposição à radiação eletromagnética sobre os sistemas imunológicos dos ratos. Em análises de amostras de sangue, realizadas a cada três meses, Dirk Adang identificou, nos ratos dos três grupos que sofreram a exposição, um aumento dos monócitos, células brancas do sangue envolvidas na eliminação de corpos estranhos do organismo.

Esta descoberta sugere que o organismo responde à exposição a doses baixas de radiação eletromagnética como se fosse uma agressão externa.

A segunda e mais preocupante conclusão diz respeito à taxa de mortalidade: 60% dos ratos dos três grupos expostos morreram dentro dos três meses do experimento, contra 29% no grupo controle.

Princípio da precaução contra os celulares

Novamente, com relação ao experimento realizado com ratos, esses resultados não permitem conclusões definitivas. Um relatório da Comissão Europeia, publicado em 2009 pelo Comitê Científico de Riscos Emergentes e Recentemente Identificados, indica que não há nenhuma evidência de qualquer impacto das ondas eletromagnéticas sobre a saúde humana, mas recomenda que mais pesquisas sejam realizadas sobre o assunto.

Embora as condições nas quais os telefones celulares são prejudiciais para a saúde pública não estejam claramente estabelecidas, pode-se razoavelmente duvidar de que os úteis aparelhinhos sejam totalmente inocentes.

O que dizer então das cercanias das antenas de retransmissão? E do efeito combinado com as ondas Wi-Fi? O impacto desses parâmetros sobre a saúde ainda é desconhecido.

Mais estudos científicos independentes serão provavelmente necessários para esclarecer todas essas dúvidas. Enquanto isso, cientistas estão defendendo o princípio da precaução:

  • Evitar o uso excessivo dos telefones celulares, especialmente entre as crianças e os jovens;
  • usar fones de ouvido com fio ou dispositivos sem fios;
  • não utilizar telefones celulares em veículos em movimento, o que os obriga a operar com potência total para manter a conexão.

Afinal, não é largamente aceito que o uso excessivo de qualquer coisa é prejudicial?

A eletro-hipersensibilidade existe de fato?

Certas pessoas parecem ser mais sensíveis às ondas eletromagnéticas emitidas particularmente pelas antenas de retransmissão de telefonia celular.

Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluir a hipersensibilidade elétrica na sua lista de patologias, a doença só é reconhecido na Suécia e na Grã-Bretanha.

Sabine Rinckel, uma cidadã da cidade de Estrasburgo, entrou com inúmeras ações judiciais para obter reparação de danos por parte das autoridades francesas. "Eu sofria de enxaquecas e dores nas costas desde que foi instalada uma antena de retransmissão no telhado do meu prédio", conta ela, que tem 40 anos de idade. "Tenho formigamento nos dedos e nas pernas. Sem mencionar esses choques elétricos que machucam meu maxilar. Eu passei por uma cirurgia em 1981, durante a qual parafusos e placas foram inseridos nos ossos do meu rosto."

Os médicos que examinaram Sabine Rinckel foram incapazes de diagnosticar qualquer coisa porque sua patologia não é reconhecido pela profissão.

"Apesar de ter mudado de apartamento, eu continuo sentindo estes sintomas. Eles são tão fortes que eu sou capaz de localizar as antenas de retransmissão sem vê-las," diz a paciente.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Apenas 20% dos brasileiros consomem frutas, legumes e verduras suficientes

Consumo insuficiente

O consumo de frutas, legumes e verduras está associado com a redução de ocorrências de diversas doenças, como diabetes, derrames, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Mas apenas 20,9% da população relata o consumo regular desses alimentos. A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas e publicado em artigo na revista Cadernos de Saúde Pública, da Fiocruz.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo mínimo de cinco porções diárias de frutas, legumes e verduras, o equivalente a 400 gramas ou mais por dia.

Fatores socioeconômicos

Os pesquisadores apontam uma insuficiência no consumo desses alimentos na dieta dos brasileiros em todos os segmentos populacionais. Mas fatores socioeconômicos, como nível educacional, são importantes determinantes na baixa ingestão.

A pesquisa entrevistou 972 adultos, de 20 a 69 anos, moradores da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Somente um quinto dos entrevistados relatou consumo regular de frutas e verduras e essa frequência de consumo foi substancialmente maior nas mulheres (26,9%) do que nos homens (12,9%).

O estudo conclui que 20,9% da população abordada consome regularmente frutas, legumes e verduras conforme preconizado pela OMS.

Incentivos

"Políticas públicas dirigidas aos determinantes do consumo de frutas, legumes e verduras são urgentes e necessárias", defendem os autores. " Isso pode incluir subsídios à produção desses alimentos, ações de incentivo à maior frequência de consumo de frutas, legumes e verduras, bem como a prática de atividade física".

Em relação à cor da pele e ao estado nutricional, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes. Já os não-sedentários, ex-fumantes e classes A e B apresentaram maior prevalência no consumo desses alimentos. Também observa-se que o aumento da idade e a prática de atividade física no lazer estão positivamente associados à maior frequência de consumo de legumes, frutas e verduras.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

PROTEJA-SE DO SOL

Cores contra os raios UV

Se você quer proteção contra os perigosos raios ultravioleta (UV), mas não está disposto a pagar mais caro por roupas que ofereçam proteção adicional, então prefira as roupas comuns nas cores azul e vermelha. E esqueça o amarelo.

Cientistas espanhóis descobriram que o mesmo tecido de algodão, tingido de azul ou vermelho profundos, proporciona uma maior proteção contra os raios UV do que quando ele é tingido em tons de amarelo.

O estudo foi publicado no periódico Engineering Chemistry Research.

A conclusão dos pesquisadores é que as cores mais escuras, quando aplicadas a tecidos de algodão, tendem a ter uma melhor absorção dos raios UV, oferecendo maior proteção à pele do usuário.

Roupas com proteção contra os raios UV

Ascensión Riva e seus colegas da Universidade Politécnica da Catalunha explicam que a cor de um tecido é um dos fatores mais importantes para determinar o quão bem a roupa protege contra a radiação UV.

Apesar disso, a ciência ainda não explica de forma satisfatória exatamente como a cor interage com outros fatores para influenciar a capacidade de um tecido de bloquear o fator de proteção ultravioleta.

Nesta pesquisa, os cientistas usaram modelos computacionais que estabelecem uma relação entre o nível de proteção UV alcançado com três cores de tintas de tecidos e seus efeitos na alteração do fator de proteção ultravioleta dos tecidos, além de vários outros fatores.

De um lado, os pesquisadores colocaram tecidos desenvolvidos para oferecer proteção UV e, de outro, tecidos comuns, variando apenas suas colorações.

Melhor cor contra o Sol

Para isso, eles tingiram tecidos de algodão com várias tonalidades de vermelho, azul e amarelo e mediram a capacidade de cada amostra colorida de tecido em absorver a luz UV.

Os tecidos com cores mais escuras ou com cores mais intensas tendem a ter uma melhor absorção dos raios ultravioleta.

Os tons profundos de azul oferecem a maior absorção, enquanto os tons de amarelo oferecem o mínimo de proteção.

Os fabricantes de roupas poderão utilizar as informações deste estudo para projetar roupas com melhor proteção contra os efeitos danosos da exposição ao Sol, afirmam os cientistas.