segunda-feira, 30 de maio de 2011

Labirintite



O que é labirintite?

Inflamação do labirinto, de ocorrência rara. O termo em geral é utilizado popularmente, de forma errada, para designar tonturas ou vertigens, cuja origem, na maioria das vezes, encontra-se no sistema vestibular periférico, principalmente secundário a irritabilidade do labirinto (sistema de canais encontrado no ouvido interno).

Quais as causas?

Várias são as causas de vertigens secundárias a distúrbios do labirinto, entre as mais comuns temos os traumas de cabeça ou pescoço (lesões cervicais), infecções do ouvido interno (otites), causas metabólicas (distúrbios da glicose ou aumento do colesterol e triglicerides), intoxicações por medicamentos ou substâncias como, por exemplo, a cafeína.

Quais os sintomas?

A disfunção ou irritabilidade do labirinto em geral leva a vertigem ou tontura, zumbido, diminuição ou aumento na audição, náuseas e vômitos. Por vezes, tem-se também, com a perda do equilíbrio, os quadros de síncopes, com quedas e perdas parciais ou totais da consciência, por breve período.

Qual o diagnóstico?

O diagnóstico, inicialmente, é dado através da história do paciente (anamnese) e do exame clínico, no qual se verifica principalmente, o equilíbrio e a coordenação motora, bem como a audição.

Posteriormente submete-se o paciente, a exames laboratoriais, entre os quais, os mais importantes são Otoneurológico, estudos de glicose e perfil lipídico. Em alguns casos, para o diagnóstico diferencial de outras patologias, solicita-se exames de imagem (Tomografias de Craneo e Cervical) e eletroencefalograma.

Qual o tratamento?

O tratamento pode ser dividido em duas etapas. Na fase inicial de crise, muitas vezes, há necessidade de utilizar medicação endovenosa com inibidores de labirinto e antieméticos, bem como medicamentos que atuem nos fatores etiológicos, quando encontrados. Na segunda fase, utiliza-se medicamentos via oral, por períodos variáveis de 30 dias a 6 meses.

Existe prevenção?

Quando a causa da labirintite é cervical, existem exercícios posturais que previnem a doença. Para os casos, em que a principal causa são os distúrbios metabólicos, utiliza-se a orientação alimentar com ou sem emprego de medicamentos específicos.

Dr. Marco Aurélio Santos Macedo é Especialista em Neurologia Clínica pelo Hospital dos Servidores Públicos do Estado SP, Chefe do Serviço de Eletroencefalografia do Conjunto Hospitalar do Mandaqui e Coordenador do Serviço de Eletroencefalografia e Mapeamento Cerebral do Lavoisier Med

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