Cardiologista Roberto Kalil destacou a importância do
check-up periódico.
Urologista Fernando Almeida falou sobre próstata e outros problemas.
Seis em cada dez homens têm medo de ir ao médico. A maioria
alega falta de tempo ou paciência. E muitas vezes, quando chegam ao consultório
ou ao hospital, já estão doentes.
Em geral, uma sensação de onipotência impede os homens de
encarar o profissional como aliado. Um eventual resultado negativo também os
assusta de antemão, e aí nem fazem os exames de rotina ou não voltam para
receber o diagnóstico.
O Bem Estar desta terça-feira (16) falou para eles e também
para elas, as mulheres que ajudam maridos, pais e filhos a se cuidar melhor e
evitar mortes precoces. No estúdio, o cardiologista Roberto Kalil e o
urologista Fernando Almeida destacaram a importância de fazer um check-up
periódico, mesmo sem nenhum sintoma físico.
O Ministério da Saúde recomenda que até os 40 anos, se não
houver sinais de doença, o homem vá ao médico pelo menos uma vez a cada dois
anos. Depois dessa idade, a frequência deve aumentar para uma vez por ano.
Os principais fatores de risco para a saúde masculina são:
estresse, tabagismo, colesterol alto, hipertensão e esforço físico. No Brasil,
144 mil homens morreram por doenças do aparelho circulatório entre 2008 e maio
deste ano. É um número que poderia ser menor, caso esses fatores fossem
controlados.
Segundo estudo do Instituto do Coração (Incor), os fatores
de risco para entupimentos dos vasos do coração e da região genital são os
mesmos. Ou seja, um homem que tem disfunção erétil apresenta também mais risco
de problemas cardíacos – e vice-versa.
Na pesquisa, os participantes com disfunção erétil tinham
50% mais pressão alta do que os fisicamente normais. Esse grupo também tinha
3,5 vezes mais diabetes, era mais obeso e 2 vezes mais viciado em cigarro, além
de manifestar 53% mais chances de infartar nos próximos dez anos.
No estúdio, Almeida disse que na maioria das vezes o câncer
de próstata é assintomático (os primeiros sinais só surgem quando a doença já
está em estágio avançado). De acordo com o médico, de 20% a 30% dos pacientes
se negam a fazer o exame de toque, que é indolor e leva menos de 30 segundos.
Mais comum que o câncer, porém, é a hiperplasia (aumento de
tamanho) da próstata. Jato fraco, xixi lento e intermitente, gotejamento final
que não acaba, esvaziamento incompleto da bexiga e idas constantes ao banheiro
durante o dia e à noite são sinais de alerta.
O urologista falou, ainda, sobre tumor nos testículos – caso
mostrado na novela "Insensato Coração" pelo personagem André, do ator
Lázaro Ramos –, que atinge homens jovens, na faixa dos 25 aos 35 anos.
Por fim, Almeida comentou que 15% dos adolescentes têm
varicocele, doença causada pelo aumento da temperatura nos testículos e pela
dilatação das veias na região, que deveria ficar de 1 a 2 graus abaixo da
temperatura corporal. Em geral, não há dor nem sintomas, mas as veias podem
ficar mais aparentes.
O médico também destacou a importância de os adolescentes
procurarem um profissional no início da vida sexual para fazer exames e
esclarecer dúvidas.
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