domingo, 18 de setembro de 2011

Ovário policístico: distúrbio hormonal que afeta muitas mulheres






Ciclo menstrual desregulado, obesidade repentina, acne. Esses são alguns dos sintomas da doença conhecida como síndrome dos ovários policísticos. Ou SOP. E é um distúrbio que atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e é crônico, que costuma atingir principalmente pessoas com predisposição genética a problemas endócrinos.

Além do atraso na menstruação, a SOP pode se tornar aparente, aparecendo no corpo da mulher. Muita acne, pele e cabelos oleosos, pelos grossos, em excesso e em lugares estranhos - como linha do umbigo, na auréola do seio, braços e costas - estão  entre os sinais comuns.

E o ganho de peso - obesidade nos casos mais graves - também costuma estar relacionado à SOP. Tanto que se disseminou a crença de que os ovários policísticos seriam um problema de pessoas acima do peso.

Pacientes com ovários policísticos geralmente possuem problemas no metabolismo. Por isso, é mais comum que o distúrbio seja encontrado em gordinhas. Mas as estatísticas mostram que somente 50% das mulheres diagnosticadas apresentam peso acima do que é considerado saudável. Por isso não dá para cravar uma relação definitiva. 

O problema afeta a saúde reprodutiva da mulher?

Na maior parte dos casos, o tratamento da síndrome é feito por meio de anticoncepcionais que regulam os hormônios do ciclo menstrual. Ao decidir engravidar, a paciente deve suspender o uso da pílula e pode ser que seja necessário tomar medicamentos indutores da ovulação.

Mulheres com ovários policísticos em geral têm mais dificuldade para gerar uma criança do que mulheres que não sofrem do problema - e muitas vezes só descobrem que são vítimas da doença ao ter dificuldades para engravidar. Por isso é importante manter as consultas ginecológicas em dia.

Seja qual for o problema de saúde, quanto mais cedo ele vier a ser detectado menos consequências vai acarretar. A SOP aumenta as chances de a paciente desenvolver diabetes e resistência à insulina. Se não tratada, pode culminar em pressão alta, baixa do colesterol bom (HDL), distúrbio do metabolismo das gorduras e doenças cardiovasculares.

Excesso de óvulos

Em um ovário policístico, o ciclo de liberação de um óvulo por vez é alterado pelo excesso do hormônio androgênio. Os folículos ovarianos (onde os óvulos se desenvolvem) começam a se formar, mas esse processo pode não chegar ao fim. Por isso, não há a liberação do óvulo - ou seja, a ovulação. Estes pequenos cistos vão se agrupando no ovário. Ele fica com aparência granulada e muito mais volumoso. Em alguns casos, pode até dobrar de tamanho.

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