Ciclo menstrual desregulado, obesidade repentina, acne.
Esses são alguns dos sintomas da doença conhecida como síndrome dos ovários
policísticos. Ou SOP. E é um distúrbio que atinge cerca de 10% das mulheres em
idade reprodutiva e é crônico, que costuma atingir principalmente pessoas com
predisposição genética a problemas endócrinos.
Além do atraso na menstruação, a SOP pode se tornar
aparente, aparecendo no corpo da mulher. Muita acne, pele e cabelos oleosos,
pelos grossos, em excesso e em lugares estranhos - como linha do umbigo, na
auréola do seio, braços e costas - estão entre os sinais comuns.
E o ganho de peso - obesidade nos casos mais graves - também
costuma estar relacionado à SOP. Tanto que se disseminou a crença de que os
ovários policísticos seriam um problema de pessoas acima do peso.
Pacientes com ovários policísticos geralmente possuem
problemas no metabolismo. Por isso, é mais comum que o distúrbio seja
encontrado em gordinhas. Mas as estatísticas mostram que somente 50% das
mulheres diagnosticadas apresentam peso acima do que é considerado saudável.
Por isso não dá para cravar uma relação definitiva.
O problema afeta a saúde reprodutiva da mulher?
Na maior parte dos casos, o tratamento da síndrome é feito
por meio de anticoncepcionais que regulam os hormônios do ciclo menstrual. Ao
decidir engravidar, a paciente deve suspender o uso da pílula e pode ser que
seja necessário tomar medicamentos indutores da ovulação.
Mulheres com ovários policísticos em geral têm mais
dificuldade para gerar uma criança do que mulheres que não sofrem do problema -
e muitas vezes só descobrem que são vítimas da doença ao ter dificuldades para
engravidar. Por isso é importante manter as consultas ginecológicas em dia.
Seja qual for o problema de saúde, quanto mais cedo ele vier
a ser detectado menos consequências vai acarretar. A SOP aumenta as chances de
a paciente desenvolver diabetes e resistência à insulina. Se não tratada, pode
culminar em pressão alta, baixa do colesterol bom (HDL), distúrbio do
metabolismo das gorduras e doenças cardiovasculares.
Excesso de óvulos
Em um ovário policístico, o ciclo de liberação de um óvulo
por vez é alterado pelo excesso do hormônio androgênio. Os folículos ovarianos
(onde os óvulos se desenvolvem) começam a se formar, mas esse processo pode não
chegar ao fim. Por isso, não há a liberação do óvulo - ou seja, a ovulação.
Estes pequenos cistos vão se agrupando no ovário. Ele fica com aparência
granulada e muito mais volumoso. Em alguns casos, pode até dobrar de tamanho.
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