sábado, 25 de junho de 2011

Azeite não cura, mas previne doenças e faz bem ao organismo


Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena

Inúmeros estudos já comprovaram que o azeite ajuda a prevenir a ação dos radicais livres e de outros fatores que favorecem o envelhecimento das nossas células, como as toxinas, poluição, fumo. Entretanto, é importante que as pessoas entendam que o azeite não faz milagres: não torna o indivíduo mais jovem, não cura e não baixa o colesterol se a pessoa continua mantendo uma dieta cheia de alimentos fartos em gordura saturada. O grande efeito do azeite no nosso organismo é como parte da prevenção da arteriosclerose, doença que provoca o entupimento de artérias. Por isso, é interessante para pessoas que fazem dietas com restrição global de gorduras garantirem boa quantidade de óleo de oliva para aumentar o colesterol bom, que retira o excesso de colesterol ruim das artérias.

Outra propriedade do azeite é não inibir a produção da lipase. Trata-se da enzima que permite a divisão das grandes moléculas de gordura, e a seguir em frente com a digestão.

Os benefícios do azeite também não são imediatos: podem vir a médio e longo prazos e variam de acordo com o metabolismo. Alguns estudos mostram, por exemplo, que sinais de melhora da imunidade e do colesterol podem começar a surgir em 30 dias. Outras pesquisas indicam que a proteção do azeite de oliva reduz a incidência de artrite reumatóide após 27 semanas, sendo um fator de prevenção e não necessariamente de cura.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualmente preconiza ingestão diária média, para um adulto, de 2 mil calorias por dia, das quais 30% devem ser provenientes das gorduras (o equivalente a 600 calorias). Se cada grama de gordura tem 9 calorias, isso significa que você terá direito a 60 ou 65 gramas por dia de gordura, divididos entre o que já vem embutido nas fibras das carnes, por exemplo, e aquilo que adicionar ao prato. Trinta gramas de azeite correspondem a quatro colheres de sopa diárias do produto para preparar e temperar a comida.

O acréscimo de azeite significa também controlar a presença das outras fontes de gordura, como leites e queijos. Não custa lembrar que esses produtos não impedem a ação do óleo de oliva, mas aumentam o colesterol ruim. Seguir uma dieta pobre em gorduras originárias de fontes animais, moderar nos óleos e enriquecer com azeite aumenta a expectativa de vida.

Apesar das tendências favoráveis, tornar o azeite presença mais constante na dieta do brasileiro esbarra num grande empecilho: o preço. Um litro de óleo custa pelo menos um quarto do preço dos azeites mais em conta no mercado. Isso sem falar nos azeites mais requintados, cujo preço pode variar de R$ 30,00 a R$ 50,00 o frasco de 750 ml. Já as marcas mistas ou compostas com outros óleos vegetais contêm, em média, 15 %, de azeite, o que invalida o pressuposto de elevação da quantidade de monoinsaturados.

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